domingo, 31 de agosto de 2008

O homem velho deixa vida e morte para trás

E aqui cheguei cansado já bem de noite. Liguei pra Luisa, que quis vir. Viemos a pé na chuva fina de 22 e 30. Conversamos um pouco e dormimos.
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Acordei mais velho. Todo dia isso acontece, não é mesmo, Renatinha? Desde que nos conhecemos já há mais de 30 anos, sabemos disso. A diferença é que dessa vez, pude envelhecer com Laura, Luisa e Chicó por perto. E uma porção de chantili feito pela Lu.
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Tudo correu muito bem em Odete Lima. Muita cerveja e aipim colhido na hora pelo chinês e cozido pela Diô. E meus velhos e bons amigos daqui.
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E bem que o Fluminense podia ter coroado essa festa.
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Frases curtas, 1/2 ressaca, e o coração alegre dos homens de 47.

Pega a direita

O mais engraçado de Gramado foi o nosso senso de direção. Uma perdição total. Nem com meio Mundo informando com educação, conseguíamos chegar ao hotel. De noite então, já meio cheios de vinho, claudicávamos como dois perdidos pelas ruas de Gramado.
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E teve Yamandu Costa e Renato Borgheti na noite de abertura do Congresso. Os dois muito competentes, como sempre. Mas nada que fizesse levantar da cadeira pra aplaudir.
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No avião vim lendo Estação das Chuvas, José Eduardo Agualusa. O começo é meio lento, mas vamos nos falando.
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Um retorno dificultado pela chuva e pela noite. Mas pra chegar em Miracema, eu já sei o caminho de cor.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O velho do Museu


(1)Faz frio em Gramado.
(2) Meu novo padrão triplo A é a Maria Manoela. Está fazendo muita falta aqui.
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O termômetro do Hotel Serrano marcava 4 graus hoje cedo. O Hotel Serrano é um resort triplo A em todas as avaliações possíveis. Tudo perfeito.
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Vim a Gramado para o Congresso Brasileiro de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna. Eu e o meu amigo Paulo Cézar Schott.
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Vim a Gramado para ratificar tudo que eu aprendi com meu amigo sobre coluna. Que o tratamento conservador ainda é padrão ouro para a abordagem de uma patologia de coluna. Que as cirurgias mais tradicionais ainda são as que dão melhores resultados e, principalmente, menos complicações.
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Vim a Gramado entender que os complexos procedimentos minimamente invasivos devem ser reservados para situações excepcionais e específicas e que se deve ter todo cuidado com eles. Isso também meu amigo já me tinha ensinado.
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Então pra que vir, se eu já sabia de tudo? Nem era preciso que as maiores autoridades americanas, alemãs, italianas e mesmo colombianas ratificassem tudo que o Professor Schott já vem me dizendo há muito tempo sobre cirurgia de coluna.
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Mas valeu cada centavo da minha vinda só pra vir aqui e ver algumas das nossas sumidades cairem de quatro ante o argumento inconteste das autoridades internacionais. Argumento que vem sendo repetido em cada vírgula de um parecer nosso. Digo nosso porque devo ter a humildade e o orgulho de dividir com meu amigo, o mérito que é todo dele.
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A palavra "minimamente" dá ao leigo, uma impressão errada de que trata-se de uma abordagem muito simples. Negativo. É bom sempre lembrar que depois do minimamente vem o invasivo e aí o viés de complicação é único, seja por uma pequena abertura ou uma maior.
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A coluna ainda é um campo minado em que todo cuidado possível ainda é muito pouco.
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Vim a Gramado para tomar um bom vinho com meu amigo. E reencontrei, depois de muitos anos o Velho Museu, um vinho que já me rendeu ótimas histórias. E as conversas de longo aprendizado, os silêncios de mútua compreensão, a alma descansando em paz.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ainda bem que depois da terça vem a quarta

Hoje foi um dia perfeito.

Dormi bem. Fui para a empresa ouvindo Leonard Cohen. Quanto mais ouço, mais gosto. O trabalho fluiu refinado. Tudo correu de forma objetiva e proveitosa. E quarta é o dia em que eu tenho meu staff todo em tempo real. Quarta é luxo pra mim! Cheguei em casa e estava limpa. Quer melhor?

Estranhamente, continua um frio noturno em Niterói.

Tenho uma mania que já levou três mulheres à cólera. E agora percebo que Laura vai pelo mesmo caminho. Sempre saio antes do bis. Perdi o último Chega de saudade do João Gilberto e metade do Se todos fossem iguais a você de Caetano e Roberto. E ainda foi bom. Noutros tempos, perderia 30 minutos de João. A verdade é que não tenho muito saco para saídas entulhadas de gente. Tenho feito treinamentos exaustivos na Cantareira. Sempre que posso sou o último a sair. Ser o último a sair é um dom do espírito!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mais uma terça plena de insanidades

Hoje passei mais uma vez pela peregrinação de andar por Niterói atrás de uma oficina que consertasse carro a diesel. A S10 precisava de uma revisão. Constatei, preocupadíssimo, que Niterói não tem mecânico para carro a diesel. Os caras se recusam inclusive a abrir o capot. E daí levei a S10 até Itaboraí, a 30 km de Niterói e consegui fazer a revisão. A S10 parece tinir como nunca. Atrasei o trabalho, me apurrinhei com a incompetência, e acabei não rendendo o esperado hoje. Fiquei disperso e dispersivo.
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Ainda não descobri a chave para me tirar da dispersão. É entrar em alfa e pronto. Crises de ausência, trabalho lento, tudo que não gosto. Ainda consegui, com a ajuda da incansável Renatinha, terminar umas pendências.
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Tirando isso e o fato da cozinha continuar um caos, estou bem. Amanhã a faxineira vem. Aleluia!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nossa vida não cabe num Opala



Antes do show do João, fui dar uma conferida em Nossa vida não cabe num Opala, em cartaz no cinema Odeon. Sempre gostei de Mário Bortolotto e seu teatro e blog, indicado por mim aqui no desconversa. O filme é baseado numa peça dele.
Outra coisa que eu sempre gostei nas peças do Mário é a trilha incidental. Canções obscuras de Lou Reed, Leonard Cohen, Tom Waits, tudo enfumaçado pelo Universo dele.
Também acho muito comum a linguagem do cinema não ser adequada à da literatura ou à do teatro e são raros os exemplos em que o casamento fica bom. Por exemplo, Rubem Fonseca é dos nossos melhores escritores, mas seus livros perdem muito de intensidade quando transpostos para o cinema. O único que gostei médio foi Bufo e Spalanzani.
Com Mário Bortolotto não foi diferente. Achei o filme fraco. O roteiro se perde ao tentar expandir para o cinema e nada acrescenta ao texto original da peça.
A destacar apenas a atuação de Maria Luisa Mendonça, perfeita no personagem rodrigueano, que Maria Luisa conhece bem (já tinha outro feito em Engraçadinha). E a estonteante Maria Manoela (foto). Aquilo não é mulher, aquilo é um monumento! A verdade é que o elenco não faz feio, o filme é que é ruim mesmo.
A trilha, a cargo do próprio Bortolotto, é outro grave equívoco. Mário optou por inserir composições próprias, fracas em geral e que surpreendem a platéia com um som agressivo e sem propósito.
Fui para o Odeon com ótimas espectativas. Ainda bem que teve o show pra me salvar!

A Lígia de cada um de nós


Acabo de chegar de uma sessão de hipnose coletiva em que uns poucos privilegiados ficaram em transe durante 1 hora e 43 minutos para assistir ao pai de todos nós: João Gilberto. Eu já tinha feito viagens ouvindo o Amoroso e o ao vivo na Suiça repetidas vezes ininterruptamente, mas nada se compara a vê-lo ao vivo. Nunca vi um "mais do mesmo" tão brilhante e renovado a cada nota, cada sussurro de João.
O que gostei mais? Não posso me perder do todo, o todo é que foi impecável, mas destacaria três ou seis coisas que me comoveram muito.
De início, a homenagem a Caymmi, com Você já foi à Bahia?, Doralice e Rosa Morena. No final voltaria com Você não sabe amar. Não precisou mais nada pra saber que Caymmi estava ali, em algum canto daquele teatro aplaudindo como todos nós.
Gostei do fato dele ter cantado a outra versão de Lígia, que acho mais solta e despojada do que a oficial. É "Tom Jobim andando pela praia do Leblon" cuspido. E a nossa vontade de percorrer aqueles passos e encontrar a Lígia dos nossos sonhos.
As que mais me tocaram foram Estate pela paixão arrebatadora que tenho por essa canção, tudo por culpa de João, Aos pés da Santa Cruz (desconstruindo Orlando Silva) e um Chove lá fora intimista, melancólico, de dar pena à ausência de Tito Madi ali. Foi um momento mágico.
Voltei em paz com o Mundo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Morangos


Adiei mais uma vez a arrumação da casa e acochambrei mais um pouco os livros e os discos. Precisava organizar minha biblioteca virtual e passei horas me apurrinhando com o Vista. Era mais fácil com o XP, mas meu consultor me convenceu a ficar com o software que veio com a máquina. Passei horas e horas me organizando pra muito pouco.
Precisava preparar as aulas da Fundação, mas não tive saco.Longe das crianças, restou-me solidão e cinema, nesse hiato entre o show de Caetano e Roberto e o de João.
Comecei vendo O Procurado, achei ótimo pra quem gosta de um bom filme de ação como eu. Como diz minha amiga Rose, são excelentes para zerar o QI.
Em casa, assisti O Passado. Estive na FLIP com Alan Pauls em 2007, comprei o livro, peguei autógrafo, mas ficou na categoria livro folheado. Ontem vi o filme. De dar medo.
Pra compensar, hoje vi o açucarado Três vezes amor. E terminei a primeira temporada de Two and a half men, meu QI abismado.
Pra comer, frango de padaria com batata e arroz. E morango com leite condensado de sobremesa.
Continuo achando a solidão uma merda. Mas pelo menos, que seja com morango e leite condensado!

sábado, 23 de agosto de 2008

Boa noite, Tom Jobim!

A Orquestra tocou a Valsa de Eurídice antes de abrir as cortinas. A valsa é uma das raras composições de Vinicius com letra e música. Vinicius fez pouquíssimas melodias, mas o suficiente para incensá-lo como ótimo compositor. Medo de amar é outro clássico. Achei que haviam mudado a homenagem. Mas logo veio Nelson Mota, que mais fez propaganda do Itaú do que qualquer outra coisa.
A melhor frase do Nelson foi Boa Noite, Tom Jobim!, o suficiente para as cortinas se abrirem e Roberto e Caetano iniciarem juntos o show com Garota de Ipanema. Achei meio chocho, mas não sei se é porque eu já cansei de ouvir essa música ou porque estava meio desencontrado mesmo.
Depois, Daniel Jobim cantou Águas de Março com a voz do avô. E aí Caetano mandou uma série de canções óbvias, a exceção de Caminho de Pedra, valorizada pelo arranjo belíssimo de Jacques Morelembaum. Mas a obviedade não impediu o brilhantismo das interpretações e Caetano fez um Por Toda a Minha Vida no nível de Elis e Nana e um Porque tinha de ser (choro número 1),que só ele pode fazer tão bonito.
Depois Roberto solo, afinadíssimo com a Banda que o acompanha há muitos anos e orquestra regida por Eduardo Lages, mandou Insensatez em espanhol , Por causa de você (choro número 2) e fez dueto virtual com ele mesmo e Tom Jobim em Lígia. Mas seu melhor solo foi um Eu sei que vou te amar emocionadíssimo, com direito ao Soneto de Fidelidade (Vinicius definitivamente, estava ali!)


No final, os dois voltaram pra cantar e pareceram muito mais sinérgicos do que no início. E fizeram muito bem a Teresa da Praia com Roberto fazendo o papel de Lúcio Alves e Caetano o de Dick Farney.
Uma homenagem de primeira grandeza a Tom, no cinquentenário da bossa nova.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Molambo

O Loronix está disponibilizando uma pérola de Orlando Silva com Jacob e o Época de Ouro. Imperdível! Orlando já não tinha a voz que o imortalizou, mas ainda era uma bela voz.
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A semana trouxe também Teca Calazans, Impressões sobre Maurício Carrilho e Meira, ótimas impressões. São de Meira, dois clássicos atemporais: Molambo e Aperto de mão. As duas, com letra de Augusto Mesquita, vivem me comovendo às lágrimas.
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Sinto-me o próprio molambo da canção.
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Além disso, Meira foi o pai do violão de sete cordas brasileiríssimo e professor de Dino e Baden. Pouco lembrado esse Meira, para o valor que tem.
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Por falar em Baden, não sai da minha cabeça a interpretação dada pelo Duofel para seu Acalanto da Nona. Só ouvi no Festival de Jazz de Ouro Preto, acho que eles não gravaram. mas ficou grudada em mim como dermatite seborreica.
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Estou me preparando para ver João Gilberto pela primeira vez. O início da preparação é hoje com o show de Roberto e Caetano. Alguma coisa vai mudar depois desse fim de semana.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

De volta

De volta ao meu empoeirado e amado apartamento no Ingá. Nunca pensei que chegar aqui fosse tão bom. Um bom banho e já estou novo!
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Afora a solidão, a ida a São Paulo foi muito boa. Diferente da minha espectativa, que insistia que era melhor ficar aqui, conseguimos avançar muito nas reuniões e nas conversas de ontem e hoje.
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Um amigo meu, na hora do almoço, disse que não torce mais para o Brasil. Agora só torce pelo Botafogo. Não perde tempo mais vendo jogos e ontem chegou a torcer pelo terceiro gol da Argentina.
Ando meio assim. Desapontado com nosso futebol. E eu tenho um problema sério: quando desgarro, desgarro mesmo! Como desgarrei da fórmula 1 quando Ayrton morreu.
Restou-me o Fluminense. Será?
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Estou de volta! E já é uma ótima nova!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Hotel Lancaster


Faz calor em São Paulo, saí pra jantar com as old orquideas, cheguei e encontrei dois colegas diretores da Empresa no hotel. Transferimos nossa base do Rio para cá!
Antigamente, eu gostava de ir aos velhos sebos de São Paulo no velho centro e sempre sobrava uma horinha.
Ou de ir ao Satyros ver uma peça do Mário Bortoloto (a última, Hotel Lancaster, já faz muito tempo).
Eu gostava de vir aqui e saber que Camila estava por perto, ainda que não fosse vê-la, era sempre um sopro de bons ventos.
Hoje não tem mais Camila e tudo me parece tão pesado que não vou a lugar nenhum, fico limitado ao trabalho.
Por isso não tenho gostado mais de vir a São Paulo como gostava antes.
Mas São Paulo continua a mesma, os lugares continuam aqui, que será que mudou tanto em mim? Aqui nessa noite de hotel, pareço mesmo só no Mundo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A mãe d'água e o menininho




Sábado de noite em Odete Lima. Uma Lua cheia, a morte de Caymmi, muita cerveja e amigo pra comemorar. Só faltou o mar.
Voltei ao meu violão e ao meu indefectível repertório de oito canções, que Alexandre já sabe de cor e me ajudou fazendo uma segunda voz caymiana.
Começa inevitavelmente com Adoniram, passa por Vanzolini, o dedo dói, Noel, Ataulfo e dedo doendo mais ainda, Novos Baianos. Aí eu resolvi inovar e arrisquei A Mãe d'água e a menininha e não é que deu certo! Espero que o baiano tenha gostado.
E Odete Lima belíssima, silente, com aquele Luar sem vergonha que deixa a gente comovido como o diabo.
Ali, naquele fim de Mundo, pedaço de longe, eu era feliz. E sabia.

domingo, 17 de agosto de 2008

Adeus



Comecei a gostar mesmo de Dorival Caymmi pela Nana. O disco Mudança dos Ventos foi um divisor de águas na minha paixão pela música. E, embora não tenha nada do Caymmi ali, é a Nana, até hoje a intérprete que mais gosto de ouvir. Não dá pra ouvir Nana sem pensar no pai.

A rigor, tive alguns contatos com Caymmi em menino, com Maracangalha, Peguei um Ita, MPB4 cantando Dora, João Gilberto cantando Doralice, Chico cantando Você não sabe amar, que depois ganharia uma versão definitiva do Carlos Fernando. Do velho mesmo, comecei com um disco duplo ao vivo na Funarte, com Caymmi e seu violão. Brilhante! Um passeio completo pelo cancioneiro, passando pelas coisas mais intimistas até 365 igrejas.

Daí pra frente não parei mais. Tudo do Caymmi me interessava. Na volta hoje, vim lembrando dos song books do Almir Chediak e da reedição de suas obras completas pela Odeon. E das outras homenagens que recebeu, discos inteiros com sua obra gravados por Nana, Gal, Dori, Jussara Silveira e Nei Mesquita.
E Adeus, que até hoje não sei se gosto mais dessa canção com filha ou pai. Mas sempre retorno a ela. Como inevitavelmente, voltarei hoje.
Errei sim: Relendo esse texto, lembrei-me de que esqueci de citar o disco de Paulo Moura e Ociladocê interpretam Caymmi. É a melhor interpretação de Sargaço mar e eu nem sei o nome do cantor. Não há créditos. Corrigido!

sábado, 16 de agosto de 2008

Odete Lima

Retornei ao jogo já no meio do segundo tempo. A dúvida está na insistência do técnico Dunga em manter Thiago Neves na reserva. O jogador entrou e mudou o panorama da partida. Depois fiquei vendo Argentina e Holanda. Nada demais. Aí Chicó chegou e tomou conta do controle remoto.
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Voltamos a Odete Lima para os preparos de logo mais. Há uma farra prometida. Faz tempo que não vinha aqui.
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O caseiro não é dos melhores, difícil arranjar bons caseiros hoje em dia. Há sinais de descuido por todo lado. Mas ainda é o lugar em que a imensidão e o silêncio cantam mais suave na minha vida besta.

Em Miracema

Desisti de ver Brasil e Camarões, parece jogo do Fluminense sem os Thiagos (e é!), com a contribuição indefectível de Galvão e Falcão (parece dupla caipira, e acho que é!).
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Vamos falar de coisas boas. Agustin Carlevaro interpreta Piazzola. Vim ouvindo ontem. Quando a gente acha que Piazzola só emociona com teclas, vem esse Sr Violão desmentir tudo. Um libertango seco, melancólico, fino.
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Ontem também foi dia de comer bem. Almoço em Teresópolis na Casa do Pescador e jantar no Sebastião BDF, os dois muito recomendáveis, categoria duplo A.
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Laura insiste em crescer e ganhar Mundo. Eu quero que ela seja a minha criança de sempre. Difícil administrar o conflito. E inevitável que, ao final, eu acabe perdendo. Ela vai cada dia mais um pouquinho, deixando de lado esses laços que vão ficando cada vez mais caros para mim, a medida que envelheço. Parece uma proporção injusta.
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Consegui João Gilberto e Caetano e Roberto. No final, valeu o esforço, ainda que eles tenham trocado o local escolhido.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Oração das malamadas

Tende piedade, Senhor, das mulheres despojadas, desinibidas, que têm sorrisos largos e dentes brancos, e que, de repente se transformam em noivas, fechadas, sisudas, madames, que querem corrigir sua postura, desapontar seu dia, descolorir a paisagem.

Tende piedade, Senhor, das mal amadas, que guardam um rancor absoluto dentro de si e o transformam num tenso círculo de influência negativa que nunca chega a lugar nenhum, mas sempre gira em torno delas.

Tende piedade, Senhor, das solteironas irrecorríveis, cuja única forma de disseminar sua sanha é vigiar a vida dos outros e se tornam as verdadeiras polícias da xereca da vizinha.

Tende piedade, Senhor, das burrinhas que se pretendem inteligentes, pois também essas derivam suas limitações para um nirvana de humores ácidos e rancores exibidos.

Por fim tende piedade, Senhor, das que não concordam em amadurecer e enchem os peitos, retocam as bundas e continuam achando que a culpa é sua por serem tão infelizes.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vou vivendo

Passei hoje outra vez pela mesma humilhação de ficar duas horas dedicando-me à compra de ingresso para o show de João Gilberto e deu na mesma! Vou acabar não vendo nem um nem outro. Deixei meu telefone no rediscando e o site aberto, e entre uma pendência e outra aqui na empresa, ia aguardando que a tiquetronic me atendesse. Quando finalmente consegui, encaminharam-me para o visa, onde concluí a transação. Concluida a transação, nada me garante o ingresso, pois depende da confirmação da tiquetronic. Ainda corro o risco de pagar pelo pato, que vinha cantando alegremente (qüem qüem!!), mas eu não comi.
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A crônica da Marina Colasanti postada há três dias nunva esteve tão atual em minha vida.
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O que salvou o dia foi um providencial capuccino no Café do Mercado com meus amigos. Uma conversa aqui, um afago ali, vamos vivendo! Tudo é menor do que a celebração de uma amizade honesta e despretenciosa. Raríssimo hoje em dia!
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Amanhã é dia de ir para Odete Lima lamber as crias, fazer a barba, comer do bom. Estava mais do que na hora.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Terça insana

Hoje foi dia de almoço musical. Fui com meu amigo Ronaldo assistir à Itiberê Orquestra Família. Dez pelo show e pela companhia luxuosa do Ronaldo, amigo de muitos anos, parceiro de muitos CCBBs. Itiberê Zwag é o Hermeto Pascoal uns anos mais novo.
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Antes disso, passei pelo desprazer de ficar entre 10 e 11h tentando comprar ingresso para o show de Roberto e Caetano no Municipal. Consegui, a muito custo, viabilizar a transação pelo Visa, mas nada é certo. A moça do tiquettrônic não me confirmou nada. Que país é esse?
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Um disco do Noel é sempre bem vindo, não importa se repetitivo pois pouco se repete de Noel nesse país (que país é esse?). Por isso não concordei muito com o João Máximo do Globo de hoje, criticando a obviedade da recém-lançada homenagem a Noel. E nem ouvi o disco ainda.
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Paulo Coelho afirma ser o intelectual mais importante do país em entrevista na playboy. Que país é esse?
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Um conselho: evite a entrevista. Concentre-se melhor nas belas fotos de Carol Castro em Salvador e no ranking de espumantes.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.A gente se acostuma para poupar a vida.Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colassanti

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos Pais

O que fazer com esse time do Fluminense? Nunca gostei muito do Renato técnico, mas acho que a menor culpa é dele. De pretenso campeão da Libertadores (o que acabou não se concretizando) a esse atrapalhado grupo de jogadores correndo atrás da bola. Para um final de domingo, uma derrota dessa era tiro certo na minha depressão. Mas qual!! Pareço mais estarrecido do que depressivo.
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A olimpíada de madrugada tem me dado a confortável situação de não saber nada sobre as olimpíadas. Como aqui em casa não pega canal aberto, fica mais difícil ainda.
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Dia dos pais sem meus filhos e sem meu pai. Detesto datas, tento não me prender a elas, mas ultimamente tenho sido movido por uma saudade constante das crianças, que até data eu valorizo. Ligar? Ligaram, mas tenho achado telefone tão impessoal! Hoje tá difícil.
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Luciana Souza me ajuda com seu Neruda delicado, simples, bonito de ouvir.
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Dois pais amargurados, procurando vingança pela morte de seus filhos: um, soldado no Iraque morto pelos próprios colegas e outro vitimado por uma gangue americana. Estou falando de Kevin Bacon e Tommy Lee Jones, bons atores em filmes médios: Sentença de Morte e No vale das Sombras. Impróprios para o dia dos pais, vieram cair na minha mão logo hoje.
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Laura, Luisa, Chicó, help!

sábado, 9 de agosto de 2008

Prefiro as linhas tortas

Foi um sábado atípico, mas não deixou de ser um sábado niteroiense solitário. Trabalhei de manhã, participando de junta médica, acontecimento inédito na empresa. Acabei conhecendo um sujeito bastante decente, médico, interessado na dor e suas consequências desastrosas nos dias de hoje. Pareceu-me um ótimo caráter. Precisamos de gente assim no meio.
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Experimentei a velhíssima Cantareira (eu e o Professor Schott), caindo aos pedaços, que só funciona nos finais de semana. Gosto de atravessar a Baía. É sempre um momento de ler, conversar, ouvir. Viemos conversando sobre vinhos, viagens e cirurgia de coluna.
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De tarde, assisti ao ótimo Jogos do Poder, um autêntico Mike Nichols, com atuações acima da média de Philip Seymour Hoffman e Tom Hanks. Meu Mike Nichols predileto ainda é Closer.
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Ontem fui à Sendas e abasteci a casa de biscoitos, refrigerantes e cremes rápidos. Fome não passo mais.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O último a sair do avião

A boa da noite foi que meu amigo Maurício do Al Farábi me arranjou uma edição d'O homem sem qualidades. O sal do preço vale cada letra de Robert Musil, na tradução de Lia Luft e Carlos Abenseth. Há esperança, certamente! Vim lendo na Cantareira e não parei mais.
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E agora aqui no fundo do monitor, Ron Carter desconstrói Wave, sem dúvidas há esperança!
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Treino paciência na Cantareira, esperando a boiada sair primeiro e saindo um minuto antes da nova boiada romper a entrada. Exercícios gilbertinos para um boi já cansado de tropeções.

Ontem cheguei tão esgotado que nem me atrevi a abrir o computador. Uma reunião cansativa, desgastante, de poucos amigos me deixou sem fôlego. Nada que eu, nem os que me cercam (em especial Renatinha, cada vez mais sutil e atenta), pudesse ter deixado sem uma resposta clara. Apenas o desgaste de ter que mastigar o conteúdo pela enésima vez pra quem quer entender pouco. No fundo, parece que o que as pessoas querem é a apologia da anarquia, mas se esquecem que há um trabalho muito bem engajado em andamento e ninguém é bobo de jogar fora.
Na volta, Adriana me questionou como vão as crianças. Ando tão a flor da pele que até beijo de novela me faz chorar (eu e o Zeca Baleiro). No mesma hora liguei pra Luisa. Salve-me, Luisa. Leve-me para a simplicidade das pequenas coisas que você ama.
Hoje acordei tarde por causa do jogo do Fluminense de ontem. Além do jogo, vi A Caçada, Richard Gere, horrível! Quando acordo tarde, é uma M: fila da barca, demora tudo mais meia hora. O trabalho rendeu pouco. Quando o trabalho rende pouco é sinal de que não estou bem.
Dia bom é aquele em que eu chego na empresa com uma agenda de serviços pronta e consigo esgotá-la no fim. Hoje tive que interromper meu almoço pra ir à Receita Federal em Ipanema, tentar esclarecer o que eles complicaram!
Chego lá pego uma senha. Sento. Uma tv sintonizada na Globo e outra na chamada de senha. Entrevista com Cláudia Leite (uma dessas cantoras glúteas do momento) grávida. "-Ah, vou cantar pro meu filho: Dorme meu pequenininho, dorme que a vida já vem..., do Chico Buarque". Vinícius deu pulos no túmulo. Depois vídeo show. Depois Angélica. Depois o suicídio. Fui salvo desse último pela chamada da outra televisão da minha senha. Fui bem atendido, ainda que considerando a espera de quase duas horas e a desnecessidade de ir a Ipanema resolver o problema.
Ai, Luisa. Que saudade! Laura, Chicó, me tirem daqui!!!!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Duas saias justas e uma gripe protraida

Não dá, essa gripe não me larga. Quando acho que vai embora, chove! E eu no meio da rua, indo pro trabalho! Chego no trabalho e tosse. Tosse. Tosse! Cheguei em casa cansado hoje. Consegui fluir bem no trabalho, mas depois veio uma série de abismos.
Começando pela absoluta falta de alimentos nessa casa. Na sequência, minha desvontade de ir ao supermercado comprar alguns itens de sobrevivênvia rápida: biscoitos, patês, frios. Nada que dê mais do que o trabalho de comer!
Ontem jantei pinhas. Esbarraram no caminho de volta e comprei rápido pra não desistir. Hoje ainda tive saco de comprar pão, presunto e fanta na padaria. Quem aguenta pão, presunto e fanta?

Nesse minuto, o cd toca o novo do Tira Poeira. Já quase velho, não tinha parado pra ouvir ainda. Ótimo como sempre!
E devo acrescentar, antes que me esqueça, que Macao, o novo de Jards Macalé já está com um pé nos melhores discos de 2008. A maneira tocante com que ele reinventa a Ronda, com pitadas de Sampa, é de chorar!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Segunda outra vez

Volto ao trabalho com uma semana de atraso e cheio de serviço. Preço pelas mini-férias. O outlook não entra, esqueci o celular em casa, Renatinha não vem hoje. Trabalho sem respirar muito. Passei no teste da segunda com uma semana de atraso! Fiquei pianinho hoje.
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Ainda descobrimos um restaurante de massas muito bom. Descobrir restaurantes que suportem a rotina (i. é, preço e paladar) aqui no centro é uma comemoração. Comemoramos com pizza de abacaxi, eu e Sandra Carreirinha!
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Há tanto ladrão nesse país e a receita vai implicar logo com quem trabalha sério! Agora vou ter que ir a Ipanema pra saber o que eles querem da minha declaração de 2002 e não esclarecem. Quem paga a hora trabalhada, a espera, a apurrinhação?
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A chegada a Niterói ontem foi cansativa, mas sem qualquer destempero. Almoçamos em Laranjal, um filé de traira que só se acha por aquelas bandas. Deixei as meninas e vim, a S10 tinindo.
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Comecei a ler Como falar dos livros que não lemos, Pierre Bayard, ótimo começo.

domingo, 3 de agosto de 2008

Conceição de Ibitipoca








Conceição do Ibitipoca é um despenhadeiro acostado em Minas, “urbanizada” para ser uma cidade de bichos grilo, semelhante à Visconde de Mauá, no sul do Estado do Rio. Aqui reina o lobo guará, embora só tenhamos visto um em papel mache, nas lojinhas de artesanato da cidade.
Chega-se depois de passar por Lima Duarte e percorrer 27 terríveis quilômetros de estrada de chão muito ruim (não, não estamos indo pra Mauá, mas é quase como se estivéssemos).
Milhares de subidas íngremes antes de chegar às cachoeiras e riachos de Ibitipoca detonaram minhas pernas cansadas. Vi a maior parte das coisas pelos olhos de Laura e Luisa.
O Hotel Alpha Ville é um típico categoria meio A no Lima Score. Os defeitos principais ficam por conta da distância entre o chalé e o café da manhã (mais uma subida íngreme) e a falta de investimento em artigos de primeira necessidade do tipo tv a cabo, telefonia e acesso à rede.
Os chalés são amplos, com dois quartos confortáveis, ambos com lareira e um banheirinho razoável . Há churrasqueira e armadores de redes, cedidas pelo hotel.
A lenha é comprada à parte, mas isso não evitou que fizéssemos uma fogueira de primeiríssima no quarto das meninas.
As meninas foram meu hotel. Laura e Luisa estavam especialmente felizes e trataram de ocupar meu tempo de admiração e afeto durante esses três dias. Conversamos muito, separados ou juntos dos amigos que vieram conosco. No final da noite, tinha sempre um tempo só pra nós. Harmonia perfeita entre pai e filhas.
Faz frio em Ibitipoca. Um vento frio bate na porta e incomoda o dia inteiro, atrapalhando um pouco a leitura na rede. Mesmo assim, aproveitei pra terminar de ler O Conto do Amor, Contardo Calligaris, um belo livro. A narrativa do autor lembra muito Cony. Houve horas em que pensei estar lendo Quase Memória, e aí não vai nenhuma crítica negativa. Lá pelas tantas, quando o autor apresenta uma carta de uma personagem do livro, tem um trecho muito estimulante:

“Há uma geração, Pinim, que perdeu o entusiasmo de viver. Eles não conseguem encontrar, nas esquinas do dia-a-dia, o punhado de aventura que é necessário para colorir a vida. Pagam qualquer preço para se envolver numa história que lhes dê a ilusão de fazer parte da História.“

A boa conversa dos amigos permeou nossa estadia. Viemos com mais dois casais de amigos e suas filhas. Enquanto escrevo essas notas, vou lembrando do churrasco de quinta-feira, da excursão íngreme de sexta, do equivocado restaurante “Toca do Lobo” à noite e das duas descobertas indefectíveis do Alexandre: um saboroso pão com lingüiça e um botequim especializado em caldos nobres de primeira linha. Alexandre tem um faro incomum pra essas descobertas, além de um senso de direção impressionante.

Trouxe alguns discos que precisava ouvir: o novo de Mariza (Terra), uma seleção de tangos de Enrique Santos Discépolo e Divenire de Ludovico Einaudi., todos maravilhosos. Estimulado por Laura, resolvi finalmente ouvir o disco de Vanessa da Mata. Acreditei realmente, depois de ouvir A força que nunca seca (dela e Chico César, gravada por Bethânia), que a moça pudesse alçar grandes vôos. O disco é na verdade, um lamentável equívoco. Tentando misturar reggae com Benjor e Ben Harper e baladas mela-cuecas, sobra pouquíssimo no saldo final.

No saldo final, Conceição do Ibitipoca foi assim um reencontro honesto de velhos amigos, uma super-aproximação com Laura e Luisa e uma boa oportunidade de hibernar e ler.

Onde comer bem no Centro do Rio

O tempo tem mostrado que comer no Centro do Rio é tarefa cada vez mais complicada. Ando limitado aos restaurantes antigos que como há mais d...