segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Há no meu coração uma flor em botão que abrirás se quiseres

Comecei esse blog no final de 2007. Nunca houve pretensão alguma, convivo bem com a mediocridade, apenas a ideia de escrever o que vomito. E compartilhar um pouco desse meu estranho gosto por música e poesia.
Explico melhor: escrevo pra mim. Gosto de escrever pra mim desde menino. Muitas vezes, surpreendo-me lendo meus textos antigos.
Só não gosto quando obrigo-me a escrever sobre qualquer coisa que tenha acontecido na minha vida que de fato mereça um texto. Meus piores textos são as homenagens. É quando eu mais caio na armadilha do lugar comum, do clichê.
Mas agora que o Lucas veio, senti necessidade de escrever alguma coisa que marcasse a vinda dele. Na sequência estúpida da morte dos meus pais no início de maio do ano passado, o Lucas foi concebido. Uma coincidência feliz que viesse alguém quando outro estivesse partindo. Nada vindo de Deus ou do diabo, apenas uma coincidência feliz. Veio sem qualquer planejamento, veio a reboque de uma paixão avassaladora, veio porque tudo clamava sua vinda, veio porque era preciso vir.
E eu que já tinha pelo menos três motivos para continuar vivo e atento, agora tenho o Lucas também.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Azedo

Retorno de um dia extenuante São Paulo no vôo 6012 da AVIANCA lendo a Veja (sim, Camila, ainda assino a Veja). Começo por Fernanda Torres (sempre começo a Veja da última página e vou voltando). Gostava de ler as crônicas de Fernanda no início, pelo frescor das palavras, depois parei de ler. Ontem resolvi dar uma olhada. Fernanda informa que Depardieu se debandou para a Bélgica (quem ainda não sabe disso?), e das dificuldades da HBO com as gravações de Roma na Itália, cuja segunda (e última) temporada foi transmitida em 2007 (!?). Achei tudo meio datado, acho que Fernanda cansou. Eu também cansei, Fernanda, fique tranquila.
A revista dedica uma reportagem de muitas páginas para falar dos...sertanejos. Acompanhou a turnê de Fernando (que também é de Sorocaba) e Sorocaba (que também se chama Fernando) e outros Zezés e chega a sugerir que há qualidade no cancioneiro brega.
Esperava qualquer coisa sobre a nova trova cubana, ou uma página que fosse sobre o disco de Gonzaga Leal interpretando Capiba (só encontrável na livrariacultura.com, estou aguardando), mas desses nem um a. 
Deixo a revista de lado para comer uma pizza Margherita acompanhada de sorvete de maracujá. A AVIANCA atualmente é a melhor das pontes: sai na hora certa, trata todo Mundo bem e ainda serve pizza. 
Os aeroportos me adoeceram. Li um dia desses que eles se tornaram grandes rodoviárias. Nada mais verdadeiro. Fico ali aquelas horas de espera inúteis tentando ler ou ouvir alguma coisa. Vontade de estar em Miracema, com meu punhado de livros, a comidinha da Diô e Luisa o tempo todo pra conversar. 

Onde comer bem no Centro do Rio

O tempo tem mostrado que comer no Centro do Rio é tarefa cada vez mais complicada. Ando limitado aos restaurantes antigos que como há mais d...