segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os cinco discos que mais escutei em 2013

Li a lista d'O Globo. Dos dez discos selecionados, só consigo concordar com um: o de Thiago Amud, De ponta a ponta tudo é praia palma. É um disco que deve ser ouvido com calma, não se gosta de uma única ouvida, por isso não consta na minha lista (comprei mês passado no Arlequim). O Apanhador Só passou 2 dias no Itreco - vou voltar a ouvir -, o disco de David Bowie, 3 dias e 1/2. Não me interessei pelos discos de rock listados. Comprei o disco do Wado (Vazio Tropical) no Cláudio semana passada e ainda não ouvi também. Leio de novo a lista e concluo: sou mesmo de Marte.

Seguem os cinco discos que mais permaneceram no Itreco em 2013, andaram comigo em infinitas pontes aéreas e estão nas minhas seleções mais concorridas da Desconversa FM, a rádio de um ouvinte só:

Singelo tratado sobre a delicadeza de Socorro Lira - porque há muito não ouvia um disco autoral tão delicado e belo. Socorro e João Pinheiro esbanjam talento e verve musical.

Desfado de Ana Moura - varou o ano comigo. Quando achei que tinha cansado dele, veio o show de Ana na Cidade da Música e renovou todas as expectativas.

Tejo Tietê de Chico Saraiva e Suzana Travassos - Começou com o Cavaleiro de São Joaquim e não parou de tocar mais. Também leva um tempinho pra gostar.

Mundo pequenino, do Deolinda - já disse que os discos de Ana Bacalhau costumam grudar no ouvido. Com esse não foi diferente.

De mim de Gonzaga Leal - um repertório peneirado a dedo, esquecido em outros discos. Ainda não saiu do Itreco.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Ao vivo

Discos ao vivo estão na moda ou sempre estiveram. Custam menos tempo e dinheiro pra gravar e geralmente vêm acompanhados de indefectíveis canções antológicas. 
Dificilmente gosto deles. Enumero com facilidade os que tocaram à exaustão lá em casa: Transversal do tempo da Elis, que é um falso disco ao vivo, Chico e Bethânia no Canecão, Paulo Gracindo e Clara Nunes (Brasileiro Profissão Esperança), Às própria custas do Itamar, o primeiro Cantoria de Elomar, Xangai, Vital e Geraldo, Gil em Tóquio, e não mais um ou dois que vão ficar esquecidos agora.
Depois disso, muito pouco. 
Fim de ano serve para desova de discos ao vivo.
O primeiro que comprei foi Moacyr Luz ao vivo no Renascença. Adoro as canções, mas não ficou mais do que 1 semana no Itreco. Cansa um pouco ouvir aquilo tudo de novo cheio de palmas no final. Prefiro as originais.
Comprei agora o último ao vivo da Bethânia, Carta de Amor. A maioria das canções já foram gravadas pela cantora, inclusive ao vivo. Quem aguenta ouvir Sangrando outra vez? E quando o carteiro chegou emendada com todas as cartas são ridículas. E Bethânia ainda roubou o Cântico Negro de José Régio, imbatível com Paulo Gracindo no supracitado disco.
Também saiu Pirajá, a cozinha do samba, gravado há muitos anos, com Aldir Blanc, Monarco, Moacyr Luz, Martinho e outros. Não dá pra dizer que é ruim com um time desses, mas não deixa de ser mais do mesmo.
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Abre a folha do livro que eu lhe dou para guardar

Enciclopédias eram comuns lá em casa nos anos 70. Primeiro os Tesouros da Juventude, depois a Barsa. Fui um leitor voraz dos Tesouros. Acho que meu gosto pelos livros começou ali. Lia e relia, principalmente as Fábulas de Esopo. Quando soube que saiu uma edição  caprichada da Cosac, traduzida direto do grego por Maria Celeste Consolin Dezotte, fui correndo à Livraria da Cultura. Estou relendo cada dia uma. Claro que não tem o impacto que teve para o menino, mas não deixa de ser um luxo!

Outro luxo é Serenata, o disco de estreia do veterano Ze Luis, do Cabo Verde. Desde que saiu uma resenha no Globo há alguns meses, corro atrás dele. Tive que comprar o disco virtual no Itunes.  Quem gosta de mornas e coladeras ainda mais enraizadas do que as que Cesarea cantou, vai achar imprescindível.

De vez em quando, ressuscito um disco da gaveta. Ficou ali no plástico aguardando, chegou a vez dele. Foi assim com esse "Modinhas cariocas", cheio de modinhas, valsas e lundus. Costurado pelo cravo de Marcelo Fagerlande, faz me crer que devo ser mesmo um sujeito da época de Dom João VI, que nasceu na hora errada.

Comprei também no Itunes (impossível achar por essas plagas), Soledad Villamil, Canción de viaje. Repertório de boleros muito bem peneirado, a voz competente, os arranjos precisos, um bom disco.

Campinas hoje, São Paulo amanhã, Goiânia depois, Rio na sexta. Só dói quando eu Rio.  

Onde comer bem no Centro do Rio

O tempo tem mostrado que comer no Centro do Rio é tarefa cada vez mais complicada. Ando limitado aos restaurantes antigos que como há mais d...