quinta-feira, 28 de maio de 2009

Calundu e Cacoré

"Roube de qualquer lugar que resulte em inspiração ou incendeie sua imaginação. Devore filmes, músicas, livros, pinturas, poemas, fotos, conversas, sonhos, árvores, arquitetura, placas de rua, luz e sombras. Escolha para roubar apenas coisas que falem direto à sua alma. Se fizer isso, seu trabalho (e roubo) será autêntico. A autenticidade é inestimável. A originalidade não existe. Não se dê ao trabalho de ocultar seu roubo. Celebre-o se quiser. Lembre-se o que Jean Luc Godard disse: "Não importa de onde você tira as coisas - importa é para onde você as leva ""
Paul Arden, Tudo o que você pensa, pense ao contrário.
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Hoje foi dia de dar aula na Barra. Nem precisa dizer que foi mais um dia cansativo. Seis horas em pé dando aula, pra quem trabalha o dia todo sentado, dá pra doer o osso. Desenvolvo o método franciscolima de ensinamento. Dou aula aprendendo. Primeiro ensino a mim mesmo. Os alunos acompanham. Depois aprendem. É mais cansativo, mas no final, consigo aproveitar melhor o tempo e é bem possível que os alunos saiam dali com uma boa parte do conteúdo absorvida.
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Voltei da Barra ouvindo Calundu e Cacoré. Voltei a música umas 3 vezes e não me cansei de ouvi-la e depois fiquei ouvindo as tiranas, as puluxias, as cantigas e as coisas mágicas que Elomar Figueira de Melo compôs. Elomar tem o condão de me fazer leve, de fazer o cansaço se esvair. Sua música me eleva a Deus, uma coisa absurda para um ateu convicto. Muitas vezes acordava em Odete Lima e botava Elomar pra dormir mais um pouco. Nunca vou me esquecer daquele acordar em Odete Lima. Do silêncio, da música, do latir dos gansos de Odete Lima.

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