sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Roteiro de viagem

Estou mais lento do que esse claro 3G em Miracema, substituído pelo TIM na espectativa de dias melhores com a internet local, mas que nada agregou. Saí hoje cedo de Niterói pra aproveitar o dia com as crianças, mas dei com a rotina delas de intermináveis afazeres. Restou-me a cama macia e o sono. Fiquei mole.
Vim ouvindo tanta coisa boa que passou rápido demais a viagem. Nesses tempos em que o sentimento está meio machucado, dano a criar canções de afeto uma atrás da outra e vou ouvindo no carro.
Geraldo Maia gravou Amor Paregórico e Não sei se vivendo morro. A primeira, conhecia do disco do Véio Mangaba, sempre gostei muito da música e do disco. Geraldo deu à ela o que faltava: um tom mais intimista e melancólico. Não sei se vivendo morro é uma canção monocórdica do Maciel Melo. Sempre achei meio chata. Mas Geraldo imprimiu uma nova nuance, valorizando suas dissonantes e tornou a canção mais plural. Coisa de intérprete que cria em cima da criação dos outros. João Gilberto cantando Estate, Marcos Sacramento cantando Notícia, Nana cantando Mudança dos ventos e por aí vai.
O disco Pimenteira do Pedro Miranda vai crescendo cada vez que ouço. Tem uma canção dolente do Paulo César Pinheiro e Maurício Carrilho que vale o disco.
Ouvi uma sequência de frevos diabo, Antônio Nóbrega, Spok, Siba, etc, que encurtou a Serra do Capim, tendo passado pelo pedágio, pelo posto de gasolina sem sentir nenhuma curva.
Fiz uma seleção dolorosa e cotovelística que foi de Românticos (Vander Lee) a Luz e mistério (Zé Renato), que acabou se tornando algo masoquista.
A noite sonhei contigo, a versão argentina de Kevin Johansen, voltou umas quatro vezes no cd, e uma do disco acústico do Arnaldo antunes, cujo nome não me recordo, também tocou à exaustão.
Ouvir música sempre foi muito mágico pra mim. Sempre me transportou para lugares improvaveis e místicos. Desde menino.

Nenhum comentário:

Travado

"Diferente o samba fica Sem ter a triste cuíca que gemia como um boi A Zizica está sorrindo Esconderam o Laurindo Mas não se sabe onde ...