quinta-feira, 3 de março de 2011

A dama indigna

Os torcedores do Fluminense estão cabisbaixos hoje no centro do Rio. O time perdeu mais uma, ainda não encontrou seu padrão de jogo, a defesa passou a vazar com frequência, e Conca parece que esqueceu o futebol no joelho antigo. Toda vez que a equipe começa a perder, se instaura uma crise política entre diretoria e patrocinador que reflete negativamente no rendimento. Essa crise é invariavelmente estimulada pela imprensa, especialmente o flamenguista de carteirinha Renato Maurício Prado. Já começaram a especular sobre a saída do Muricy, do Alcides, da reformulação do elenco. Tudo isso é muito ruim para o time, que precisa de sossego para trabalhar. Ainda é cedo pra fazer qualquer avaliação, mesmo que a Libertadores já esteja perdida.
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O que me salvou nessa cinzenta manhã de quinta foi ter começado a ouvir A dama indigna, novo cd de Cida Moreira. Comprei na Livraria da Cultura na última ida a São Paulo e estava me desvencilhando dos discos de fevereiro pra botar esse no shuffle. Gosto de Cida desde sempre. Nos anos 80, assisti a ótimos shows dela no Rival, com versões de canções de Brecht, Cole Porter, cantando Chico ou canções de cinema. Duas canções da Ópera do Malandro que ela canta maravilhosamente bem em shows, estavam faltando nos seus discos: Viver do amor e Uma canção desnaturada. Nesse, ela faz a Canção desnaturada, mas ainda não chegou aos meus ouvidos. Mas já chegou a canção da jovem guarda Maior que o meu amor. Não sei porque cargas d'água há tanta gente querendo resgatar a jovem guarda, mas é difícil alguma coisa soar feia na voz de Cida. E uma que é quase só piano e um O ciúme que compete com a inesquecível versão de Maria Bethânia. A Cantareira ia lenta pela Baía de Guanabara e a canção de Cida Moreira ia tornando o Mundo mais fácil de suportar.

2 comentários:

Jeferson Cardoso disse...

Dr. Francisco Lima, com sua licença: Escrevi um conto e acabei com uma pulga atrás da orelha. Isso ocasionalmente me acontece. Um médico amigo meu leu o conto e disse que era bom, que gostou, porém achava que outros médicos poderiam se sentir ofendido pelo conteúdo.
Crio com base em minhas vivências. Procuro não ser desleal com as pessoas. Trabalho ficção em meus contos, mas não tiro o pé das minhas realidades, o que eu considero natural.
Bem, seja como for, gostaria de ter a opinião do senhor sobre este “Conto das Águas”. Respeitarei o seu ponto de vista, seja ele qual for.
Abraço e agradeço antecipadamente pela atenção dispensada.

Convido para que leia e comente no http://jefhcardoso.blogspot.com/

“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso.” (Jefhcardoso)

Francisco Lima disse...

Gostei dos contos. Tranquilo, sem ofensas. Belo blog
Abraços
Francisco

Travado

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