terça-feira, 16 de agosto de 2011

Samba da Capivara

Olha como a flor se acende
Quando o dia amanhece
Minha mágoa se esconde
A esperança aparece
O que me restou da noite
O cansaço, e a incerteza
La se vão na Beleza deste lindo alvorecer

E este mar em revolta que canta na areia
Tal a tristeza que trago e minhalma canteia
Quero solução sim.. pois quero cantar
Desfrutar desta alegria
Que só me faz despertar do meu penar
E este canto bonito que vem da alvorada
Não é meu grito aflito pela madrugada
Tudo tão suave.. liberdade em cor
O refúgio da alma vencida pelo desamor


Ivone e Délcio

Sexta-feira retornamos ao Samba da Capivara. Jadim vem se esforçando para trazer de volta, o tradicional reduto do samba miracemense, berço de encontros memoráveis dos Garotos do Sereno. Acho que ele está conseguindo. São outros tempos, mas o samba ainda resiste. Foi uma noite inspirada do Lilito, que não poupou nenhuma de suas seis cordas para dar luz aos sambas puxados pelo Rafael, que andava sumido da roda. Alguns partidos que já nem me lembrava, bons pagodes e esse Alvorecer clássico de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, de rejuvenescer qualquer espírito adormecido.
Entre os discos estranhos que botei pra rodar no Itreco, gostei mais de dois: o novo de Joss Stone (LP 1) e o do canadense Russ Hewitt, de quem nunca tinha ouvido falar, mas toca um violão redondo em Alma vieja. Joss Stone, além de pitéu, tem uma voz diferenciada da maioria de cantoras que surgem a cada seis horas, igual a antibiótico pra garganta.
Mas nada cresce mais no ouvido do que os discos de Wisnik e Chico. Cada dia um alumbramento.

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