terça-feira, 1 de novembro de 2011

Na hora do almoço moderno



"Ainda sou bem moço
Pra tanta tristeza
E deixemos de coisa
E cuidemos da vida
Se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta, moço,
Sem ter visto a vida"

Belchior, Na hora do almoço


1) Almoçar com meus amigos num quilo ordinário. A cada dia gosto mais da parte "com meus amigos" e menos da parte "num quilo ordinário". No almoço, discutimos trabalho, falamos da vida alheia e da nossa vida, tomamos café Octávio. Não é um almoço familiar nem um almoço de trabalho. É um almoço de amigos que se gostam.
2) Comprar tinta de cabelo para minha mãe e minha filha. Fica claro que meus extremos são diferentes de mim, que gosto dos meus poucos cabelos brancos.
3) Dar uma passada no Cláudio e no Alex para ver se tem um disco ou um filme novo. O melhor dia para se ir no Alex é segunda, não me pergunte porque. No Cláudio, é imprevisível. Podem passar dias sem ter nada e de repente aparecer um acervo de jazz ou clássico extraordinário.
4) Caminhar a esmo pelas ruas do velho centro, preocupado em não tropeçar em pessoas, buracos, hidrantes, explosões.
5) Pagar contas, comprar remédios, sacar dinheiro, lembrar que nada se repete à luz do Sol e no caso da categoria "pagar contas", ainda bem.
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A foto acima foi tirada num almoço prorrogado em Odete Lima. Tem o espírito dos nossos meio dias.

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