segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Nana Tom Vinicius

Depois do petardo que foi o disco com canções de Tito Madi, Nana Caymmi oferece esse Nana Tom Vinicius, tirado de  canções feitas pela dupla no final dos anos 50.
É o mais do mesmo mais bonito que já saiu nos  últimos anos. 
Quando se ouve Por toda minha vida, percebe-se que há algo de muito novo, muito delicado e muito bonito na canção de Tom e Vinícius. Muitos o fizeram com maestria, inclusive a própria, mas ninguém fez como Nana faz nesse disco.
Até o Soneto de Separação, talvez a pior canção de Tom já feita para um poema de Vinícius, fica bonito.
Canções mais obscuras da dupla como Luciana e Canção do amor demais (que só se conhece pelo título do disco de Eliseth) ganham uma nova oportunidade de serem ouvidas e degustadas com cuidado.
Contribui de forma simbiótica, os arranjos do irmão Dori. Dori é um caso a parte. Poderia gravar o mesmo disco e talvez ficasse tão bonito quanto. Recomendo ouvir Dori cantando o Samba em Prelúdio no disco de Mário Adnet Vinícius e os maestros. É algo de sublime. Ontem a noite, não conseguia parar de ouvir.

Nana Tom Vinicius veio para ficar. De preferência em disco. Agradecido ao SESC por permitir esse alumbramento, e seria muito bom se o  produzisse em long play. Para ouvirmos com a melhor fidelidade possível.
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Retorno à minha escrita banal depois de 4 meses isolado. Espero que meus dois leitores não tenham esquecido do blog.

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