Meus domingos são tristes em geral. Esse não foi diferente. Apesar do aniversário do meu fiho e das comemorações, terminei o dia amargo e travado. No fim da tarde, mais uma derrota do Fluminense soou como um presente muito ruim pro Chico e me deixou ainda mais derrotado.
O prenúncio de uma segunda de trabalho extenso, que acabou acontecendo, esgotou meus limites físicos e emocionais. Fui salvo por Laura Braga.
Laura Braga está em cartaz, por pouco tempo, na Escola de Teatro da Unirio, com a opereta Mesdames de La Halle, de Jacques Offenbach.
Um alumbramento! Meus olhos secos marejaram quando ela entrou em cena e cantou uma ária lindíssima, de arrancar os mais entusiasmados aplausos da platéia. Nunca gostei tanto de Offenbach como agora, embora nunca tivesse escutado antes.
Não vou ficar detalhando muito, porque o pouco que conheço de ópera são trechos das grandes. Comentarei apenas que saí dali muito leve, saí renovado e feliz, acreditando que há sim, esperança para a humanidade.
Laura, admiro muito sua dedicação, sua superação, sua firmeza. Cada vez que a vejo, só penso no orgulho que tenho de ser seu pai. Porque você foi além do nosso interior tão pequeno, dos nossos limites, Estarei sempre a seu lado, porque você merece todo meu respeito e admiração.
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