sábado, 20 de novembro de 2021

De volta ao Reserva

 


Depois de quase dois anos, voltei ao Reserva Cultural. Em sessão dupla e, depois de quatro décadas, pagando meia. O caixa nem pediu a carteira. Mal me olhou e já havia diagnosticado: velho! Eu ainda perguntei (queria que ele visse!), mas ele retrucou: não precisa.

O Reserva continua o mesmo cinema agradável, seleto, sem aglomerações, mas já era assim antes da pandemia. Senti falta da Mística Pizza, o arremate ideal para depois do cinema. Parece que onde era, instalaram uma outra pizzaria, mas não quis fazer o teste.

Vi primeiro Noite Passada em Soho e depois Pixinguinha, um homem carinhoso. Saí dali um pouco desapontado com os dois.

Noite passada em Soho é um desses que chamam de trhiller, mistura de policial, suspense e terror. Não sei se estava desacostumado às salas de cinema, mas achei o filme barulhento demais. De incomodar os ouvidos. No mais, o terror acaba predominando sobre o suspense e a inteligência. Pega umas 3 estrelas, se muito.

Pixinguinha, um homem carinhoso é bonito demais, pueril demais. Aparentemente queriam realçar o santo que havia no chorão. E Seu Jorge parece meio deslocado do personagem. E podiam dar um tom novo, com  maior ineditismo às interpretações, mas preferiram gravações bonitas, pero manjadas de Caetano Veloso (Rosa) e Marisa Monte (Carinhoso). Foi bonito, no entanto, ouvir Eliseth (Lamento), Orlando Silva (Carinhoso) e Clementina (Benguelê), versões originais que permaneceram intactas. 

Isso tudo pode ser só resmungo, mas por uma ou duas vezes, em cada filme, tive vontade de deixar o cinema. E nem fiquei quando aplaudiram de pé o final do filme, com a Banda de Ipanema tocando Carinhoso em frente à Igreja de Nossa Senhora da Paz, onde o flautista morreu.

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