sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Dexter está de volta

 "Há dias que você não existirá. Empate sem gols, público vaiando, céu nublado sem Sol e estrelas, abafado. Dias em que não fará nenhuma diferença acordar. Nada dará certo. Nada vai funcionar. Nenhuma palavra trará descanso. Nenhuma atitude será compreendida. Dias de exorcismo e penitência. Só rezará para que terminem logo. não contará depois em seu calendário, não aparecerá em sua trajetória como tempo de serviço. Serão dias descontados por Deus no final."


Estranha essa manhã fria e chuvosa de novembro. Trabalho em várias frentes sem uma meta predefinida. Diferente dos outros dias, hoje não há reuniões online. Posso escolher a demanda. Disperso e dispersivo, ao mesmo tempo digitalizo meu acervo de discos, dou uma espiada nas ofertas da blackfriday, apago pequenos incêndios (e-mail, whatszapp), tento montar duas apresentações ao mesmo tempo. Meu olho esquerdo está mais seco do que o normal. Parece variar. Sinto falta do Chicote. A vinda do menino para cá fez me bem. Penso que a ele também.

Solidão é uma faca de dois gumes. Muitas vezes é tudo que você quer. Estar sozinho, calmo e sossegado ouvindo suas canções de afeto. Noutras é um abismo muito grande, depressivo, insone, um espaço onde tudo perde o sentido.

Escrevo para tentar voltar ao ponto zero.

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Recomendo para os solitários de plantão, a quarta temporada de Yelowstone. O ruim dessas séries novas é que são episódios semanais. Demora um século para continuar. Mas Yelowstone vale. É tensa, agitada, o que torna mais difícil a espera do próximo capítulo. E Kevin Costner e Luke Grimes brilham.

Também em pílulas, estão transmitindo a segunda de The Morning Show.  E Dexter está de volta, sombrio e perdido como antes. 

Ontem de noite vi dois filmes: Os muitos Santos de Newark (que saudade de James Gandofini e dos Soprano!) e  A cada passo teu (Casey Affleck depressivo como em Manchester a beira mar)

Não há nada que eu esteja assistindo que não seja doído demais. Só Larry David me salva. 

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