domingo, 18 de março de 2012

Todos que somos eu, meus braços, minhas pernas, meus sentimentos e minha vontade

"Se queres ser feliz
Como me dices
No analices
No analices"

Só quem leu o "Amanhecer em Copacabana" de Antônio Maria vai entender esse título. Mais ou menos assim que me sinto na maior parte do tempo. Algo parece ter estacionado e não sai mais do lugar. Só o tempo é que, invariavelmente, passa.
Tento aproveitar o que posso. Ainda na sexta, fui com Luisa assistir a Banda Isca de Polícia, que acompanhou Itamar Assumpção por muitos anos. Um privilégio! Como cantam Suzana Sales e Vange Miliet! E Arrigo Barnabé recitando o Relógio do Rosário, do Drummond, e cantando, só ao piano, a Noite Torta do Itamar foi tudo de bom. Tudo de bom ver gente da idade de Luisa ou um pouco mais, lotando a platéia no CCBB para celebrar o compositor. E ouvir canções que já tinha esquecido e outras que nem tinha dado qualquer atenção. Itamar não acaba nunca. Cada dia se descobre algo novo da sua genialidade.
Vi Mônica Salmaso no Espaço Cultural Furnas repetir as canções do cd Alma Lírica Brasileira com Nelson Ayres e Teco Cardoso. A excelência, por vezes, é enjoativa, mas Mônica ainda tem muito crédito. Que venha logo o disco com Guinga
E vi, um dia desses no Arlequim, uma cantora nova chamada Gabi Buarque. Tem personalidade, compõe bem e canta melhor ainda. Melhor mesmo foi a participação improvisada de Áurea Martins, cantando com Gabi, o Medo de amar do Vinícius. De arrepiar.
E ontem participei do casamento de um dos meus dois ou três melhores amigos. A essa altura da vida, já não esperava mais por casamentos. Mas Jadim e Teresa vieram me desmentir e fizeram uma bela comemoração. Que continuem felizes como sempre foram.
Hoje, voltei de Miracema ouvindo velhas canções de afeto. Outras que já nem me lembrava como no show, tocaram fundo o coração cansado. Nada poderia ter sudo mais reconfortante do que ouvi-las.
Minha alma quer salvação e às vezes encontra aconchego numa conversa qualquer com velhos amigos, numa velha canção de afeto ou num poema de Drummond. E, naturalmente, em Luisa Braga Lima.

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