terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chicó 8.0


Acabei gostando de Budapeste, o filme. Não é nada genial, mas passa. Recomendo aos que não viram, que leiam o livro antes. A idéia do narrador no filme deixa a história vaga.
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Não perca seu tempo vendo DNA assassino, um filme B menos. Gastei duas horas inúteis e 3 pratas de locação. Fuja!
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Hoje foi dia de Chavela Vargas. A mexicana veio e voltou comigo, o raio do aleatório só mandava tristeza. Lindo!
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Chicó vem amadurecendo e com o amadurecer, vem se tornando cada vez mais amigo. Dividimos nossas tristezas nos jogos do Fluminense, rimos juntos das nossas estripulias, aproximamos os 40 anos que nos separam. Chicó faz 8 hoje. Nessas horas você entende porque estar assim tão longe pode ser tão triste. Salve Chicó, meu menino!

domingo, 27 de setembro de 2009

Saudações tricolores


(1)O jogo começou e anunciaram o comentarista: Raul Quadros. Esse sujeito dá um azar danado pro Fluminense, além de comentar muito mal. Deveria ser banido do futebol, pelo menos dos jogos do Fluminense!
(2)Depois de dois golaços de Alan, Cuca faz a gentileza de tirar o jogador e colocar... quem????.. Fabinho!!.
(3) O Avaí chegava com incrível facilidade na defesa do Fluminense, Gum e Carlos Alberto colaborando muito com o Avaí.

Era o cenário ideal para mais uma derrota. Mas aí o Sobrenatural de Almeida entrou em campo e ajudou Conca e Rafael a segurar o jogo. Foi como vencer um campeonato.
Não sei se o Fluminense está vivo, talvez seja muito tarde, mas hoje deu uma demonstração de que pode se superar.
Belo três a dois suado!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mangal das Garças


Come-se muito bem em Belém, isso é incontestável. Com a vantagem de que a comida é toda daqui, não carrega nenhuma influência, a não ser a indígena.
Hoje terminamos a noite no Manjar das Garças, restaurante que fica no meio do Parque Ambiental Mangal das Garças, na cidade velha,vista panorâmica para a Baía do Guajará (vide farol atrás da foto).
Lindo lugar, ótima gastronomia. Provei do pato ao tucupi, do camarão no creme de mandioquinha e dos temperos exóticos da região. Fiquei mesmo apaixonado pelo cupuaçu e pelo bacuri. Tinha um creme de bacuri com flocos de arroz de causar alumbramentos.
O chopp é fabricado aqui mesmo (amazon beer) e deixa um gosto amargo no final. Mas hoje achei que já ninguém aguentava meus abismos e tomei uns quatro ou cinco. Fiquei bem. Senti umas faltas ou outras, pequenos desesperos, mas tudo muito fugaz.
O evento até agora rendeu boas conversas, inclusive de trabalho. E só!

Sorvete de bacuri


Ontem a noite fomos às Docas. Fizeram um trabalho muito bonito de valorização do local. Se o pier do cais do porto no Rio seguir o modelo, teremos um belo cais. Tomei sorvete de bacuri, comi mousse de cupuaçu, vi o rio correr para o mar.
Hoje depois do trabalho fomos ao mercado "ver o peso". Se você ainda não veio aqui, guarde esse nome. Para nem passar por perto. É o inferno cheio de varejeiras.
Acabei numa loja de esportes comprando uma camisa do Milan pro Chicó. Gostei do argumento do Sebastião: quando perguntado porque comprava camisas de time de fora em Belém para levar para os filhos. ele respondeu na lata: é pra chegar e dizer que trouxe alguma coisa.
Também sou assim. Já não sei comprar presente no natural, que dirá coisa típica.
O mais natural que consegui foram umas castanhas do Pará que estou levando para meu pai.
Hoje veio a chuvada de final de tarde. Pegou-nos no Museu do Índio.
Ainda não encontrei sebos nem lojas de disco. Nesse calor, vai ser impossível!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Em Belém, alone (again!)

Mal abriu a porta automática do aeroporto de Belém e já deu pra sentir a baforada quente (ontem, o Professor já havia me alertado do clima). Comecei conhecendo a cidade pelo calor insuportável. Chegamos ao Hotel Crowne Plaza (1A-dá pro gasto) e tive algumas dificuldades para estabelecer conexão com o resto do Mundo.
Almoçamos aqui mesmo no Hotel e já provei do tal do Filhote, um peixe típico da região. Lembra os peixes brancos de água doce.
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Cada vez mais distante do pardieiro de Niterói ou da Miracema dos meus filhos, estou só e travado. Os amigos arriscam um bate papo, mas minha conversa é pouco produtiva. Monossilábica. Não sei se quero estar aqui, acho um tanto inútil estar em algum lugar em que se possa produzir pouco. Mesmo estando aqui a trabalho, gosto de estar nos lugares em que o trabalho rende. Pelo menos tanto quanto na minha sala perto dos meus companheiros. E é só o primeiro dia. espero que os outros melhorem. É triste ter que pedir aos dias que passem! Nem ousei mexer com a Cerpa pra não piorar mais ainda. Fiquei na coca zero, enquanto meus amigos se afogavam na cerveja do lugar.
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Comecei ontem a comprar as reedições dos álbuns dos Beatles. Comprei todos que o Cláudio arrumou. Já achava a primeira masterização muito boa, essa deve ser irrepreensível. A julgar pelo trabalho que tiveram para reproduzir os originais das capas antigas, só posso esperar o melhor.
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Os Beatles são bons de ouvir de quaquer jeito. Melhor bem acompanhado. Infelizmente,não é esse o caso. Retorno a qualquer hora com notícias de Belém.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Café Cotril

Tenho vontade de
-ponhamos amar
por esporte uma loura
o espaço de um dia.
Certo me tornaria
brinquedo nas suas mãos.
Apanharia, sorriria
mas acabado o jogo
não seria mais joquete,
seria eu mesmo.
E ela ficaria espantada
de ver um homem esperto.

Drummond
Adoro as canções de afeto, mas as que me hipnotizam, me encantam e me fascinam mesmo são as canções de abismo. Procuro o abismo em cada canção de afeto que seleciono do aleatório. Por isso, amo Tom Waits, Nelson Cavaquinho, Leonard Cohen, Elomar, Lupicínio, Aldir e muitos que se dedicaram a escrever sobre os precipícios. E agora o aleatório me mandou esse Beirut, The Flying Cup Cup, enquanto a chuva caía torrencialmente sobre mim nas ruas dos centros do Rio e de Niterói.
Enquanto esperava o ônibus ensopado, uma menina loira que estava na fila atrás de mim, ofereceu-me metade do seu guarda-chuva mínimo. Lógico que apaixonei-me na hora. Lógico que nunca vou vê-la novamente, nem ousei perguntar o nome, lá no fundo continuo um idiota tímido e ultra-sentimental. Mas aqueles 10 minutos de guarda-chuva tiveram todos os elementos de um romance.
Deu até vontade de amar de novo!

domingo, 20 de setembro de 2009

Coisas que aconteceram nesse domingo e não têm a menor importância

Melhor não falar ao telefone. Sentimento acumulado não se resolve com conversa a distância.
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Se Laura e Luisa lessem, se Chicó lesse, poderiam imaginar o quanto me faltam.
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Passei o domingo trabalhando para a Fundação Getúlio Vargas. Aprendo muito quando ensino.
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Aprendo mais quando ensino a mim mesmo. Como hoje.
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Estou pelejando pra terminar de ver Budapeste. Ainda não li o livro. Talvez seja por isso.
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Almocei três empadas de frango. Nenhum saco para sair do pardieiro.
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Só desci pra comprar jornal. Não li o jornal que comprei. Só Ubaldo e Veríssimo.
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Leia o que Camila escreve aqui. Tudo a haver com o meu domingo!

sábado, 19 de setembro de 2009

Novela e série B

São raros os hotéis paradisíacos que oferecem HBO. Por oportuno, terminei a noite nos píncaros da solidão: assisti a novela das 8 e São Caetano x Ponte Preta pela série B. Nada poderia ter sido mais abismo.
A novela é uma tortura. As cenas tórridas entre José Mayer e Taís Araújo são de brochar o mais ávido dos super-machos. Primam pelo politicamente correto, esse jeito pedrocardoso de fazer televisão.
Não posso falar muito, já fui um noveleiro confesso. Nos anos 80, adorava as novelas tanto quanto as abomino hoje.
Mas Taís está fininha demais, magrelinha demais, de fofo só tem o cabelo.
Aline Morais nem tanto. E tem uma boca, que vamos convir, aquilo deveria ser considerado um monumento à palavra boca.
A noite serviu para ratificar minhas convicções em relação às novelas e acostumar-me com os horários da série B do campeonato brasileiro para ano que vem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Alone in Búzios



Deveria ser proibido vir sozinho a Búzios. Esses hoteis paradisíacos que a gente vem pra fazer reunião de trabalho (outra coisa que deveria ser proibida), deveriam oferecer mulher incluso na diária. Não as fáceis, mas as que gostam de conversar.
Sinto sua falta em Búzios. Essa é a 98ª viagem que estamos perdendo. Que fazer? Não há muito o que fazer, a não ser talvez, tocar um tango argentino como Bandeira ou achar que as folhas te outonam, como Vinicius.
Essas viagens só fazem realçar a solidão. Ao longo desses anos, construí um pequeno habitat no Ingá, onde me viro do jeito que posso para driblar a ausência. Em cada canto da casa há um livro, um disco, uma atividade, incluindo lavar a louça e fazer um café curto na cafeteirinha que o professor me deu.
Chego nesses hotéis, a primeira coisa que pergunto é se tem internet no quarto. Uma forma concreta de me fazer acompanhado.
Daqui posso conversar com o Mundo. O pequeno Mundo dessa tela de 10 polegadas.
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O Hotel Pérola Búzios é um triplo A, não se discute. E daí?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Zé Luiz Mazziotti

Essa geração que hoje incensa e regrava Sidney Miller (de Roberta Sá a Diogo Poças), deve ter aprendido a gostar do compositor como eu: ouvindo Zé Luiz Mazziotti. Num antológico disco da Funarte em que Ze Luiz, Alaide e Carmem Costa regravam as canções de Sidney. Ali estão emendadas Maria Joana e Alô Fevereiro.
O rádio esqueceu, a TV não sabe quem é, esse é um país onde os valores se restringem a belas bundas cantando axés e pagodeiros de segunda. Zé Luiz não tem espaço algum.
Ano passado eu o vi com Nelinha num pocket show na FNAC Barra, lançando o cd em que grava Chico Buarque. Um belo disco com a interpretação mais comovida de Embarcação que já ouvi.
Os dois primeiros discos do Zé nunca foram lançados em cd, nem o da Funarte. Quem se habilita? Cadê a Biscoito Fino na hora de recuperar obras primas? Pois eu digo que nunca ninguém cantou tão bem o Doce de Coco, a Súplica, o Violão Vadio de Baden como Zé Luiz.
Gostaria de ouvir esses discos novamente. Cheguei a conversar com ele sobre isso no pocket show.
É preciso ouvir mais as coisas que o Zé gravou. Com o cuidado e o tempo que sua obra merece.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

E daí?

"Eu dizia "Apareça"
Quando apareceu
Não esperava
Um dia me beijou e disse:
"Não me esqueça"
Foi embora
E só esqueci, metade...

Que bom
Que eu não tinha um revólver
Quem ama mata mais
Com bala que com flecha
Ela deixa um furo
E a porta que abriu
Jamais se fecha...

Nada disso tem moral
Nem tem lição
Curto as coisas
Que acendem e apagam
E se acendem novamente em vão...

Será que a gente
É louca ou lúcida?
Quando quer
Que tudo vire música?
De qualquer forma
Não me queixo
O inesperado quer chegar
Eu deixo...

E a gente faz
E acontece nessa vida
Nessas telas
Nessas bagatelas..."

Antônio Cícero

Eu só disse que talvez se você gostasse mais e amasse menos, as coisas iriam funcionar melhor. Amor é filme, eu bem sei e também já lhe disse isso muitas vezes.
Eu disse que já estava meio velho pra amar de novo. Meio velho pra sentir-me amado. Já amei demais. Meu saldo nessa balança é de uma longa e tortuosa história pregressa.
Cheguei ao ponto de só sentir amor de pai. Esse sim, um amor absoluto, pois que é sempre dado de graça.
Os outros amores cobram muito. Hipotecam sua alma.
Eu disse, mas você não ouviu. Você já estava indo e não ouviu. Pena.
Eu tinha outras coisas pra dizer. É fácil gostar de você. É fácil gostar de uma alma boa que nem a sua.
Quanto a mim, vou vivendo meio que morto. Os dias vão sendo somados a outros dias iguais. Não tenho pressa nenhuma. Já não provo mais do amargo.
Como disse Paulinho Pinheiro, vamos por aí, eu e meu cachorro. Perturbando a paz, exigindo o troco.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Repeteco

Acordei barata tonta. Ontem de noite, mandaram mais um pro meu rosário de afazeres. Tinha assumido uma turma de BH da FGV desde o ano passado e ..... esqueci! Hoje tratei de dar um novo direcionamento pra tudo. Até que consegui alguma coisa.
É certo que, quando estou com muitas atribuições na cabeça, acabo não fazendo nenhuma bem feito. Mas está dando pra tocar.
A verdade é que estou chateado porque vou ficar longe das crianças por três longas semanas. Devia ter aproveitado mais o fim de semana que passou.
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Não há inspiração que aguente essa porrada de coisa pra fazer. Hoje serei apenas repetitivo.
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Tenho ouvido Ivan Lins e Metropole Orchestra. Médio! A voz sussurrada em Começar de Novo é um mau prenúncio. Mas há coisas boas. Ivan está no lucro.
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... e lendo meu segundo Bolaño do ano, A pista de gelo, quando dá tempo. Irresistível!
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No último fim de semana, vi 3 filmes: o confuso O espião (Ben Kingsley de cabelo é bem esquisito), o western B (ouC) Terra da violência e Dúvida, o melhorzinho dos 3. Mas não deu pra ficar muito animado com nenhum.

domingo, 13 de setembro de 2009

Time sheet numa sexta útil em Miracema

Acordo às 9 e a Diô já aguarda com café e pão fresquinhos.
Depois vou ao mercado da cidade comprar carne e peixe. Hoje é dia bom pra comprar uma linguicinha fininha no açougue do Belchior, uns torresmos no Norton e um filé de tilápia na carne do peixe.
Às 10, cortar o cabelo no Celso. Na última enquete feita, as orquideas estão preferindo que eu não raspe o cabelo e mantenha a barba raspada. Obedeço e oriento o Celso a não retalhar meu pescoço como da última vez.
Às 11, vou no Paulinho Sujeira, um dos velhos conhecidos da noite, que agora virou luthier, mas trabalha das 14 às 3 da madrugada. Paulinho abriu uma exceção prum velho amigo e deixei lá o violão da Luisa e o meu Del Vecchio antigo. Depois fui no Otávio comprar cordas para os dois violões.
Almoço meio dia em ponto com Laura e Luisa. Tilápias, polentas e salada. E o arroz imbatível da Diô. Arroz branquinho imbatível. Depois vou levar a S10 no Aritana pra trocar o filtro de óleo e o óleo.
14h passo na Caixa e pago as contas de Miracema.
Volto no Paulinho Sujeira e o violão da Luisa já está pronto. O Del Vecchio vai demorar.
Depois, pra não perder o costume, pego a Consulta Pública 31 da Agência Nacional de Saúde e começo a dissecá-la. Adiantando serviço porque semana que vem, vem chumbo.
Termino o dia no Sebastião Bunda de Fora com Chicó e um casal de amigos, detonando uma carne de primeiríssima grandeza.

Os cinco piores discos que eu ainda adoro escutar

Quero pedir desculpas aos puristas (ou mandá-los à merda, tanto faz!), mas fui criado num ambiente pouco afeito aos clássicos. Meu pai adorava os vozeirões. Acho que aprendi a gostar de música aí. Quebrei muito 78 rotações do meu pai. Silvio Caldas, Orlando Silva, Francisco Alves, Vicente Celestino, Carlos Galhardo e outros. Ouvia-os a exaustão. Mas minha infância também foi permeada por outros "clássicos" que tavez hoje eu repugnasse, mas agora não dá mais pra expulsar da memória. Vou listar só cinco que é pra não cansar ninguém.

1) Roberto Carlos de 1974 - o que começa com Despedida e tem Quero ver você de perto, Jogo de damas e Eu quero apenas. Domingo de manhã era dia de música alta lá em casa. Eu tinha 13 anos e meu pai, uma eletrola telefunken com um toca-disco garrard e um sistema de som de altíssima fidelidade. Esse disco repetia muito. É o Roberto que mais tocou na minha vida.

2) Benito di Paula, Um novo samba, 1973 - meu irmão apareceu com esse disco lá em casa e todo Mundo gostou muito. Começava com Se não for amor e tinha a chorozíssima Vai ficar na saudade, além de Retalhos de Cetim. Lá em casa, acho que a gente acompanhou a carreira do Benito até ele parar de gravar.

3) Osvaldo Montenegro, 1980 - é o disco que tem Bandolins. Aí eu já estava com 19, mas não teve jeito. O disco pegou. Gosto de Osvaldo até hoje, que fazer?

4) Serestas, Carlos Alberto, 1977 - estava andando pela Sete de setembro, a rua do disco do Centro do Rio dos meus 16 anos pra frente e o toca discos da Toc Discos alardeava Infidelidade, de Ataulfo Alves com Carlos Alberto. Até hoje adoro aquele regional pungente e a voz chorona e canastra de Carlos Alberto.

5) The Fevers, A explosão musical dos Fevers, 1971 - esse aí foi meu Tio Tarciso que apareceu com ele na casa do meu avô. Veio nos meus dez anos e tinha Vem me ajudar e Mar de rosas. Gamei!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Os dez piores discos da música brasileira


"Tinha razão, no planeta dos eunucos felizes e dos zumbis, a poesia não dava mesmo camisa a ninguém."
Roberto Bolaño, A pista de gelo.

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Bárbara Borges reina na nova Playboy. Meio artificializada, mas ainda um pitéu! Finalmente uma revista que vale os 12 pelas fotos!
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A Playboy lista os 10 piores discos da música brasielira, a partir de uma seleção feita por expertises do Rio e São Paulo. São eles:
1º lugar absoluto - Ana e Jorge ao vivo
2º - Tribalistas
3º - Simone, 25 de dezembro
4º - 4 - Los Hermanos.
5º - As dez mais - Titãs
6º - Aqui, ali, em qualquer lugar - Rita Lee
7º - A foreing sound - Caetano Veloso
8º - Gil e Milton
9º - Oxigênio - J Quest
10° - Signo de ar - Jorge Vercilo

A lista, a meu ver, erra feio uma única vez: o disco de Gil e Milton não é lá nenhuma obra prima, mas só pela regravação de Bom dia e Canção do sal, como se fosse uma intersseção completa da influência entre os dois, já vale muito. Há muita coisa pior do que A foreing sound (Caetano), Tribalistas e Aqui, ali em qualquer lugar, o disco de versões dos Beatles da Rita Lee. O resto está bem adequado.
Eu vou arriscar minha própria lista:

1º - Qualquer disco de pagode dos anos 90 - todos que usam teclado pra dar mais emoção à música e vômitos incoercíveis aos ouvintes.
2º - Qualquer disco breganejo de qualquer época - chorumelas de Sandys, Leonardos, e uns mais modernos, que, graças aos céus, me falham o nome. Mas nunca vou esquecer que passei um carnaval inteiro na Enseada Azul, escutando uma coisa que tinha um refrão que falava em eu sou lá de BH, felizmente já consegui esquecer o trauma.
3º - Qualquer disco de axé de qualquer época, principalmente esses que nos impõem guela abaixo nas rádios, nas filas, nas festas. Menção honrosa para Ivete Sangalo ao vivo no Maracanã, uma praga que nos perturbou por muito tempo.
4º - Qualquer disco da Ana Taviani ou da Isabela Carolina (ou será o contrário?) - principalmente aquele que tem aquela do elevaaaaaaaador, agonizante, cataclísmico!
5º - Qualquer disco de padre é uma tortura mental abominável.
6º - Qualquer disco do Jorge Vercilo - projeto mal sucedido de Djavan.
7º - Qualquer disco do Orlando Morais, o supra-sumo da chatice.
8º - Qualquer disco dos apresentadores de TV que se metem a cantar, liderados por Roberto Justus e Marília Gabriela.
9º - Qualquer disco de forró em que a sanfona é substituida pelo teclado - aí se enquadram os Mastruz com Leite, Mel com bosta, Caviar com rapadura e outros menos votados.
10º - Qualquer o disco dos grupinhos de rock dos anos 90, liderados pelo Jota Quest e pelo Charlie Brown Jr. Uma lástima.
Fuja!
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Foi uma ótima quarta-feira. Dessa vez a barca da volta, trouxe a versão de She's leaving home , Brad Mehldau trio. Voltei duas vezes seus 9 minutos e 8 seguntos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Terça depois de feriado

Foi confusa essa terça parecendo segunda. Parecia um dia interposto pela agenda de dois. Pra isso, você tem que ser dois. O que deve ter justificado um pouco da minha irritabilidade aumentando ao longo do dia. Custei pra serenar.
Perdi também um bom amigo. Felizmente, a perda foi só da empresa. O velho Nei nos deixa depois de muitos anos de serviços prestados com invejável capacidade de trabalho. Tem a idade do meu pai e por coincidência foi colega de turma do meu pediatra, que também se chama Nei. Curiosidades idiotas que só serviram para nos aproximar ainda mais e agora não vão trazê-lo de volta. Quando veio se despedir, choramos um pouco juntos. Choro de homens que aprenderam a se gostar e se respeitar ao longo dos muitos anos de convivência.
A caminhada de ontem deixou meus ossos, músculos e cabelos doloridos. Paga-se caro para reparar a ferrugem.
Boca de caieira, do disco novo de Danilo Brito, descoberta hoje nas barcas, voltou 4 vezes ao início. Um clássico misturando desaforadamente o bandolim de Danilo e a sanfona de Dominguinhos. E Jane Duboc fez com Victor Biglione, um tributo respeitoso à Ella Fitzgerald.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Chatices no dia da Independência

True blood está melhor nessa segunda temporada. Entraram outros capetas além dos vampiros. E Sookie Stackhouse continua uma gracinha.
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Tomei a decisão de hibernar nesses dois dias depois do congresso. Ontem não fiz nada a não ser ver aquela lástima de jogo do Fluminense. Também terminei de ver Intrigas de Estado. O melhor do filme é Robin Wright Penn , que parece envelhecer sem perder o viço. Raridade nos dias de hoje.
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Mas, enfim, hoje saí da caverna e fui caminhar até o final da Praia de Icaraí. Uma ferrugem só. Depois, achando que podia, fui ao supermercado comprar uma listinha que a Diô deixou. A falta do Sol matinal colocou Niterói em peso no Supermercado Guanabara. Difícil entrar, difícil sair, difícil comprar.
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Seria melhor ter ficado hibernando. Agora todos os músculos doem.
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Acho que precisava sair daqui. Sentia falta das crianças e quando estou assim, não adianta ligar. O amor de pais e filhos raramente vibra do outro lado do telefone. Pelo menos comigo. Prefiro mesmo estar perto.
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Enfim, tudo que consegui foi voltar para o mesmo lugar em que estava, porém mais cansado. Estou enjoado de mim. E o tempo esquentou muito.

domingo, 6 de setembro de 2009

O quarto em desordem


"Na curva perigosa dos cinqüenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor

que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar

a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo

verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama."

Cheguei em Niterói, liguei o computador, quase não exatamente nessa ordem como se fosse possível, e dei boa noite ao Mundo! Antes do banho, fiquei atualizando o e-mail e o Itunes aleatório acabou mandando esse poema do Drummond, na voz de Lima Duarte e violão de Roberto Correia, de um disco de vinil, recuperado por um site especializado em recuperar velhos discos que a indústria nem pensa em relançar. Aproximando-me da curva perigosa a que Drummond se refere, achei interessante alocar esse poema aí apenas como uma provocação a mim mesmo. Nos últimos tempos, tornei-me um mestre em não ter espectativas e apenas suportar o dia a dia.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Lima Score



Queimei minha lingua ontem num restaurante temático aqui do hotel: comi uma lagosta honesta (uma não, três), o que me obriga a lançar uma nova regra: nesses hotéis categoria all incluse, procure o restaurante temático.
Essa foto do hotel deve dar uma idéia da grandeza. É um labirinto dificil prum sujeito meio cego como eu. E tem que vir até o lobby toda noite, se quiser escrever alguma coisa. No quarto, não tem conectividade.
É no quarto que o hotel perde 0,2 pontos: falta conectividade e bidê. O Íbero Star é um 2,8 A no Lima Score!
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Determinadas apresentações dão sono, estimulam a letargia, agudizam o tédio, podem dar claustrofobia. O sujeito passou uma hora lendo slide! O retro-projetor é uma praga da modernidade. Deveria ser utilizado apenas para mostrar resultados. Se o cara não sabe ao menos definir o que vai apresentar, é melhor que não apresente!
O retro-projetor tem formado uma legião de neo-apresentadores que adquiriram segurança apenas porque têm a tela. Dificilmente dominam o assunto que abordam.
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Está me dando um prazer danado discorrer sobre esse assunto. Tenho procurado fugir do slide nas minhas últimas apresentações. Você só consegue levar algo do que foi apresentado quando o palestrante deu algo de si. Algo de dentro dele e não de um slide pré fabricado!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Resmungos no paraiso

Alguém tem que esclarecer se esse vice-presidente de futebol do Fluminense torce pelo time. Tudo indica que não. Ainda faltam 15 rodadas e o sujeito já anunciou a degola e a antecipação das férias para jogadores que estão há três meses sem receber. Seu faro para escolher técnicos vencedores também não é lá grande coisa. Menos mal que acabo de ler que ele foi afastado.
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Desconfie dos resorts que oferecem a categoria all incluse. Já foi assim no Club Med, no Blue Tree e não está sendo diferente nesse Íbero Star. A cerveja e a água são "baixa renda", o refrigerante não tem gás, a comida é mal cuidada. Sobram o quarto e a natureza viva.
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Desconfio que há uma epidemia de gripe H1N1 entre os congressistas, pelo menos os que sentam na fila atrás de mim. Parafraseando Aracy de Almeida, perdigotos ao vento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Candeias

Surgiu um novo candidato a disco do ano: Candeias, Heloisa Fernandes. A moça teve a brilhante idéia de fazer música moderna baseada em Mário de Andrade. Eu já tenho um entusiasmo singular pela música que Mário pesquisou, desde a Expedição relançada numa caixa de cds pelo SESC São Paulo até os discos da Barca, de Teca Calazans e de Antônio Nóbrega. Heloisa refina, com um admirável respeito, a música pesquisada por Mário.
Outra grata surpresa foi esse disco de gravações caseiras de Dolores Duran recuperadas pela Biscoito Fino. Revela que Dolores não era somente uma compositora de primeiro time, mas uma intérprete maravilhosa.
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Cheguei aqui na Praia do Forte para um congresso. É covardia fazer congresso nesse paraiso aqui. Tudo é de muito bom gosto aqui. Mas acabei não resistindo a vir aqui até o lobby escrever alguma coisa. Virou vício.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pra mim, chega!

Viajar, viajar, até não ter mais nada pra ver.
Até que os sebos de Buenos Aires já tenham sido todos explorados.
Que comer uma cuca em Joinville já não faça tanta falta.
Que a farinha de copioba de Salvador já não tenha mais gosto.
Que o camarão do Santa Rita em Paraty já não compense.

Viajar, viajar, até chegar num único lugar.
Onde se tenha um revistário no banheiro.
E um computador ágil por companhia.
E uma coleção de livros urgentes.
E filmes urgentes e canções de afeto.

Viajar, viajar até não chegar a lugar nenhum.
Até não voltar mais.
Até o sono dos justos.

Porque já se viajou muito.
Porque a amor já passou, mas ainda dói.
Porque já se viveu o bastante.

Eu disse ao motorista do táxi
De cabelo branco cortado à máquina 3
Não sei pra onde vou nem sei por onde vou.
Só peço que não priorize nada.
Deixe o rio desaguar.

Onde comer bem no Centro do Rio

O tempo tem mostrado que comer no Centro do Rio é tarefa cada vez mais complicada. Ando limitado aos restaurantes antigos que como há mais d...