quarta-feira, 16 de setembro de 2009

E daí?

"Eu dizia "Apareça"
Quando apareceu
Não esperava
Um dia me beijou e disse:
"Não me esqueça"
Foi embora
E só esqueci, metade...

Que bom
Que eu não tinha um revólver
Quem ama mata mais
Com bala que com flecha
Ela deixa um furo
E a porta que abriu
Jamais se fecha...

Nada disso tem moral
Nem tem lição
Curto as coisas
Que acendem e apagam
E se acendem novamente em vão...

Será que a gente
É louca ou lúcida?
Quando quer
Que tudo vire música?
De qualquer forma
Não me queixo
O inesperado quer chegar
Eu deixo...

E a gente faz
E acontece nessa vida
Nessas telas
Nessas bagatelas..."

Antônio Cícero

Eu só disse que talvez se você gostasse mais e amasse menos, as coisas iriam funcionar melhor. Amor é filme, eu bem sei e também já lhe disse isso muitas vezes.
Eu disse que já estava meio velho pra amar de novo. Meio velho pra sentir-me amado. Já amei demais. Meu saldo nessa balança é de uma longa e tortuosa história pregressa.
Cheguei ao ponto de só sentir amor de pai. Esse sim, um amor absoluto, pois que é sempre dado de graça.
Os outros amores cobram muito. Hipotecam sua alma.
Eu disse, mas você não ouviu. Você já estava indo e não ouviu. Pena.
Eu tinha outras coisas pra dizer. É fácil gostar de você. É fácil gostar de uma alma boa que nem a sua.
Quanto a mim, vou vivendo meio que morto. Os dias vão sendo somados a outros dias iguais. Não tenho pressa nenhuma. Já não provo mais do amargo.
Como disse Paulinho Pinheiro, vamos por aí, eu e meu cachorro. Perturbando a paz, exigindo o troco.

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