quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Zé Luiz Mazziotti

Essa geração que hoje incensa e regrava Sidney Miller (de Roberta Sá a Diogo Poças), deve ter aprendido a gostar do compositor como eu: ouvindo Zé Luiz Mazziotti. Num antológico disco da Funarte em que Ze Luiz, Alaide e Carmem Costa regravam as canções de Sidney. Ali estão emendadas Maria Joana e Alô Fevereiro.
O rádio esqueceu, a TV não sabe quem é, esse é um país onde os valores se restringem a belas bundas cantando axés e pagodeiros de segunda. Zé Luiz não tem espaço algum.
Ano passado eu o vi com Nelinha num pocket show na FNAC Barra, lançando o cd em que grava Chico Buarque. Um belo disco com a interpretação mais comovida de Embarcação que já ouvi.
Os dois primeiros discos do Zé nunca foram lançados em cd, nem o da Funarte. Quem se habilita? Cadê a Biscoito Fino na hora de recuperar obras primas? Pois eu digo que nunca ninguém cantou tão bem o Doce de Coco, a Súplica, o Violão Vadio de Baden como Zé Luiz.
Gostaria de ouvir esses discos novamente. Cheguei a conversar com ele sobre isso no pocket show.
É preciso ouvir mais as coisas que o Zé gravou. Com o cuidado e o tempo que sua obra merece.

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