terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O coração dos homens

Fico apavorado de como as pessoas mudam. Uma pessoa de uma suavidade tão delicada e doce, de repente, a custa de uma ascensão profissional inadequada, se torna uma pessoa fria, competitiva. Aqueles olhos tão sinceros de outrora, cadê? Ou será que fui eu que mudei e estou enxergando desesperança em tudo quanto olho?
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Mas qual!? Renatinha ainda é a mesma de 30 anos atrás quando estudávamos no ABEL e nos estudávamos um ao outro com a curiosidade alegre dos olhos dos jovens. Ainda posso ver claramente que os olhos brilham da mesma forma suave e delicada de 30 anos atrás!
Quando nos abraçamos, ganhamos tempo abraçados, por acreditar que um vai sempre estar ao lado do outro e quer levar dali um pedaço daquele abraço.
Já ando sofrendo por antecedência das férias da Renatinha.
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Mas voltando ao primeiro parágrafo, nada aconteceu de novo, como no verso do livro de Paul Auster, "enquanto gira o Mundo bizarro". Apenas um desapontamento aqui, um aperto ali. O coração dos homens está carente de afetos verdadeiros. Esses que valem mais do que qualquer
outra coisa!

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