sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hair

Hair estreou nos cinemas em 1979, quando eu fiz 18. 31 anos depois, Laura fez 18 e fomos assistir à peça juntos.
Durante esses 31 anos, eu fui uma espécie de rato dos cinemas que passavam Hair. Foi assim que eu conheci a Tijuca. Assisti Hair num cinema da Praça Saenz Pena, não me lembro qual (Bruni?), e provavelmente não existe mais.
Tive Hair em video cassete, video laser, CD e DVD (primeiro uma cópia francesa depois uma nossa). Lá em casa, era festa chamar os amigos pra assistir Hair. Bêbado, fazia traduções simultâneas impagáveis. Um dia um amigo, fã de Hair, assistiu o filme dublado na TV Bandeirantes, e quase apanhei no dia seguinte porque não tinha nada a haver com a minha tradução.
Até hoje prefiro a minha tradução. Por isso mesmo estranhei muito as versões da peça. Acostumei-me tanto a invencionices espirituais e depois às próprias legendas, que foi difícil ouvir as canções dubladas.
Afora esse pequeno detalhe, a peça é perfeita. Um grupo de dançarinos escolhidos a dedo por Charles Moeler e Cláudio Botelho, bons intérpretes, ótimos cantores, dão forma a um texto que não perdeu magia e luz nesses anos todos. Impossível não esboçar uma lágrima no Let the sunshine in ou (oops!), Deixa o Sol entrar.
E como ficou bonito o Teatro Casa Grande!

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