terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Bom dia

Acordo e me ocorre de súbito, vontade de te mandar um bom dia. Penso em todo bem e todo o mal que você me fez e concluo que lá dentro ainda existe um eu que tem vontade de te mandar um bom dia. Alguma coisa precisa ser feita nessa manhã de 10 de janeiro de 2023. Como metas de ano novo. É necessário matar esse eu complacente, esse eu do bom dia. Ele é um afeto natimorto, onde a reciprocidade não existe e acredito, nunca tenha existido de fato.

Também penso ser necessário incluir entre as metas, para que eu dure mais uns poucos anos, diminuir a quantidade de doces. O minibar do meu quarto não tem onde colocar mais chocolate. Esse eu doceiro, que acredito ter influência dos estabilizadores de humor, tem que morrer também.

Minha improvável experiência com o Tinder foi a pior possível. Tive que comprar o modo anônimo para aparecer somente para quem eu quisesse. Sou um homem do século passado, aprendi a conquistar  conversando muito. Depois desaprendi. E o tinder veio como uma gaiatice no início (ideia do Chicote), mas depois aconteceu o que acontece com qualquer plataforma de mídia social: meio que vicia. No fundo são as mesmas hipocrisias que carregam no facebook ou no instagram. Já me livrei do facebook e agora vou me livrar do tinder. Esse eu nunca existiu.

Meu melhor eu entrou o ano tocando O bonde (Sidney Miller), ouvindo Guilhermina (Ana Moura), passou o natal na casa da Fábia e o ano novo com todos os filhos e com amigos queridos. Meu melhor eu inaugurou o ano assintindo o show do Chico e da Mônica com Luisa. Meu melhor eu se surpreendou muito positivamente com esse inverno de janeiro. O trabalho flui mais leve longe do calor.

Meu melhor eu precisa urgente de férias.

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