sábado, 19 de abril de 2008

Sabor e Arte

Depois de alguns anos, voltei ao Sabor e Arte, pequeno reduto que me abrigava todo final de semana até um tempo atrás. Até muito tempo atrás, quando eu morava mais aqui do que lá e tinha um projeto de vida estabelecido.
Hoje não moro mais aqui (do que lá) nem tenho grandes projetos. E não é nenhum tipo de auto-comiseração. Aprendi a lidar com os minutos que passam e a importância de viver cada um deles. Grandes projetos vivem claudicando e quase sempre pendem para a estagnação ou o fracasso. Como dizia Antônio Maria, muitas vezes melhor é ser-se um pequeno homem, mas isso dá outro texto maior ainda, cheio de variáveis.
Minha melhor espectativa é continuar suportando o dia a dia e poder assistir ao crescimento das crianças. É prazeiroso ver como elas crescem, eu bem podia ficar cuidando dessa tarefa como único afazer. Às vezes dá mais vontade de ficar aqui só pra olhar.
Mas o Sabor e Arte continua o mesmo. O velho camarão Icaraí continua lá, muito embora a falta de camarão também continue. Hoje não foi diferente. E o Léo, um misto de garçom atrapalhado e dono do restaurante mais ainda, mantem-se firme. Duas horas pra sair qualquer coisa que você peça. Os mais exaltados ligam de casa para adiantar os pedidos.
Uma boa conversa com Alexandre, umas geladas, e a farra das crianças. Nada mudou no velho Sabor e Arte.

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