terça-feira, 17 de junho de 2008

Flanando na poeira

D. Nilza, minha faxineira, faltou semana passada, de forma que esse apartamento está parecendo um lixo. Uma preguiça crônica de afazeres domésticos transformou a cozinha num caos de pratos, garfos e biscoitos.
Hoje teve janta, coisa rara por aqui. Ieda me trouxe um quibe cru delicioso e eu o devorei com pão fresco. Gastei os últimos seres limpos da cozinha. Se D. Nilza não vier amanhã, eu me afogo.

Pra completar, invernou em Niterói, outra coisa rara. E embora eu adore o frio, esqueço que no inverno, tudo dói mais. E a poeira só faz piorar a minha rinite claustrofóbica.
Passei o dia, - entre um incêndio e outro no trabalho, ou na cantareira ou aqui em casa- , traduzindo artigos sobre câncer de prostata e radioterapia conformada, com meu inglês estupendo de ruim. O resultado é que enquanto meu consultor consegue ler 71 textos, eu leio 2. Não obstante, percebo avanços no meu aprendizado. E tem duas coisas que eu adoro fazer: uma é o próprio tema. Lidar com boa prática médica é lidar com evidência científica. A outra é aprender. Aprender é um luxo pra quem tem 46. Hora que dá vontade de rebobinar a fita, né?

Renata e Sandra não são só a melhor dupla com quem já trabalhei não, elas tomam conta de mim. Se quero almoçar no Fumacê, elas querem. Se vai um capuccino depois, elas vão. Dá prazer trabalhar com essas duas. E agora, para completar o quadro de proximidade inconteste, as duas estão pensando em vir para o outro lado da Baía. Mais perto de mim impossível. Amo as duas. Sou um bígamo em essência no trabalho.

Camila está de luto, Leticia está afônica, Renata com virose. Meus três leitores incapacitados!! Ainda acabo com esse blog!!!!

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