terça-feira, 24 de junho de 2008

Meio barro, meio tijolo

Mas comecei em La Solita e acabei em La Esperanza, deixando Victor apoiado na moldura de uma porta. Sente-se, Victor, e descanse que agora tudo acabou: papai já morreu, e embora lendo o que escrevo aqui, você pense que estou vivo, ah, como faz tempo que eu também morri! Hoje sou apenas míseras palavras sobre o papel. Logo o Tempo todo poderoso se encarregará de desmanchar o papel e embaralhar essas palavras até que não signifiquem mais nada. Tudo morre. E este idioma também. O quê? Por acaso essa língua imbecil se acha eterna?! Língua tola de um povo obtuso de padres e criadores de caso, deixo registrada aqui sua iminente morte. Requiescat in pace,lingua hispânica.
Fernando Vallejo
Desanuvie. No final, o que ficam mesmo são os amores velhos que mantêm uma pequena chama acesa. Nada vale muito mesmo, tudo é relativo.
Os dias bons são aqueles que você dorme de 11 às 6, acorda sem barulho, levanta-se lentamente, pega a Cantareira menos atolada de gente, passa no sebo, encontra os amigos, chega no trabalho, encontra os amigos, e consegue evoluir sem grandes interrupções bruscas. Ao fim do dia, é melhor não sair muito tarde por causa do trânsito, chegar em casa e dormir de 11 às 6.
E assim, segue-se o fluxo. Passam-se os dias.
Desconverse. Os grandes problemas também passam. E se você viver por conta deles, não vive. O saldo final das lutas tem sido sempre positivo além de. naturalmente, aprende-se mais quando se perde. A vida é boa quando as coisas passam suavemente.

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