terça-feira, 10 de junho de 2008

Noções de reconhecimento para iniciantes


Não espere nada de ninguém e seja feliz.
Máxima de botequim que venho aprendendo a duras penas nesses 46 anos.
Sempre fui muito dado. Da turma que acredita que compartilhar é mais importante do que reter. E sempre murro em ponta de faca. Sempre o outro lado do outro lado da rua aprendendo pra poder não ensinar.
Não espere desse texto, a alegria branda dos últimos. É um texto amargo de quem recebeu uma notícia que, embora não tenha impacto material nenhum, tem grande impacto afetivo. Doei meu tempo, minha saúde, meu sossego durante anos por algo que não representou nada pra ninguém. Não quero comentar o fato em si. Ainda bem que tudo isso é passado mesmo.
Quero só alertar para a máxima. Não espere nada de ninguém e seja feliz.
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A boa notícia é que consegui dormir bem essa noite. Tinha estado mal ontem por conta da noite anterior. Meu relógio biológico não me dava conta da hora do sono e fiquei lendo, trabalhando e baixando arquivo no meu novo desk até 2 da madrugada. Senti um calor estranho nessa estranha Niterói fria e liguei o ar condicionado. Acordei às 4 igual a um pingüim e não consegui dormir mais. E logo véspera de segunda. Renata e Sandra aguentaram meu bico.
Brigo com meu sono há muitos anos. Durante um tempo na sua vida, você dorme mal e está pouco se lixando pra isso. Mas tem horas, depois que os anos passam, que você precisa daquelas seis horinhas. Ontem na Cantareira, no tumulto barulhento de seis e meia da Cantareira, tinha duas mulheres sentadas, literalmente dormindo. Uma de boca aberta! Que inveja!
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Confirmei minha reserva para Paraty na sexta. Mais uma FLIP, que costuma ser dia santo no meu calendário. Em Paraty nesta época, tirando alguns modismos superficiais, pode-se respirar literatura. Além disso, tem Maria Martha, o Che Bar, o Camarão Geraldo Lins e as vendedoras de assinatura. Ano passado, depois de um porre homérico, cambaleando pelas Rua das Pedras, num claro acesso de generosidade e pretensão etérea, fiz uma assinatura da Playboy com um moça categoria duplo A. Ontem chegou a Mulher Melancia. Me lembrei d'As mulheres gordas tomadas banho, de Elisa Lucinda, narrado por Paulo José. A humanidade está mudando seus padrões.

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