sexta-feira, 6 de junho de 2008

Notas enquanto espero pra pegar Laura

Somam-se os dias e eu vou ficando cada vez mais cansado dessas viagens quinzenais Rio-Miracema. São muitos caminhões, buracos, pedágios, apurrinhações. E o peso de uma semana inteira de trabalho para trás. Já nem sei mais se é melhor passar por Leopoldina ou Pirapetinga. Costumo decidir no trevo. Passar por Pirapetinga costuma ser mais rápido , mas tem mais buraco, é mais dolorido e amargo no quesito lembranças.

A verdade é que quando chego aqui e encontro esse abraço apertado e demorado da Luisa e esse carinho derramado da Laura, esqueço das dores e dos cansaços e entendo porque vale tanto a pena. Inda agora enquanto escrevo essas coisas , espero a hora de pegar a Laura numa festa. Essas pequenas coisas, que são raras pra mim, pois passo a maior parte do tempo distante delas, deixam-me muito comovido.

Isso aqui vai ficando cada vez mais passado. Um resto de amigos, pais, filhos que daqui um tempinho vão embora também, e algumas quinquilharias importantes, tais como o Celso Barbeiro, o Bastião Bunda de Fora, a Diô, o Seu Amado, pessoas que tornam a cidade interessante e útil pra mim.

A verdade mesmo é que não sei de mim daqui pra frente. Só sei agora. Depois de 3 casamentos, concluo que o único casamento que deu certo na minha vida foi com meu trabalho. É ele que costuma despertar minhas perspectivas futuras.

Que ótimo amigo tem sido esse blog! Como me ouve!

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Tudo que eu escrevi sobre Flu e Boca aqui foi traduzido com muito mais elegância por Fernando Calazans no Globo. A crônica "De braços cruzados", publicada sexta-feira é para ser lida e relida.

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