domingo, 15 de junho de 2008

Restos de domingo

A morte de Jamelão deixa uma lacuna grande na história do samba. Mais especificamente, dos puxadores de samba. Assim que eu gostava de Jamelão. Assim ele não gostava de ser reconhecido. Tenho alguns discos dele, mas confesso, não ouço muito. Sempre achei que as músicas de Lupicínio devem ser acompanhadas por regional. Jamelão as gravou com orquestra pesada. Ainda agora, uma outra bela voz, Eduardo Canto, gravou Lupicinio acompanhado da guitarra insossa de Roberto Menescal. Não sou muito disso, mas vou dar um conselho pro Eduardo: regrave esse disco todo com regional. Aproveita que o melhor bandolinista brasileiro, Joel Nascimento, ainda está vivo e peça ajuda a ele.Vai continuar não vendendo nada porque ninguém alardeia esse tipo de música nesse país de bundas, axés e pagodões, mas vai se tornar uma obra prima.
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Depois de reler esse texto aí de baixo, achei de uma pieguice só. Não dá pra transpor um sonho desses sem um texto que parece tirado dos livros de auto-ajuda. Não tenho esse talento. Pensei em deletá-lo, mas por enquanto vou deixando por aí.

Um fim de semana com saldo pouco favorável. Deixei de viajar pra Miracema porque assumi um compromisso de trabalho que acabou não acontecendo. O resultado foi que fiquei absolutamente só nesses dois dias. Acostumado ao meu ócio caseiro, nem ousei sair pra ver Marcos Sacramento (ontem) nem Bobby Mc Ferrin (hoje).

A maior parte do tempo fiquei fuçando esse note novo. instalando programas, reorganizando o Itunes, testando o gravador. Tive a ajuda luxuosa e remota do meu amigo Wagner.

Vi sem muito interesse o Brasil perder para o Paraguai. Ainda não sei se Dunga é técnico ou uma invenção desastrosa da CBF.


Vi dois filmes franceses. Um pseudo-erótico chamado Lila Diz e um suspense/drama com Daniel Auteuil (O adversário). Ambos razoáveis. Daniel sempre ótimo. É dos que eu mais gosto.

Almocei sempre às 15 h no Dona Santa, um kilo fraco metido a besta aqui do Ingá.

Um fim de semana chocho e lento. A estagnação é o caos do homem depois dos quarenta.
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Uma última do Jamelâo: perguntado por Hebe Camargo quando entrou na Mangueira, respondeu na bucha:
Eu, hein!!! Tô fora dessa!

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