domingo, 17 de agosto de 2008

Adeus



Comecei a gostar mesmo de Dorival Caymmi pela Nana. O disco Mudança dos Ventos foi um divisor de águas na minha paixão pela música. E, embora não tenha nada do Caymmi ali, é a Nana, até hoje a intérprete que mais gosto de ouvir. Não dá pra ouvir Nana sem pensar no pai.

A rigor, tive alguns contatos com Caymmi em menino, com Maracangalha, Peguei um Ita, MPB4 cantando Dora, João Gilberto cantando Doralice, Chico cantando Você não sabe amar, que depois ganharia uma versão definitiva do Carlos Fernando. Do velho mesmo, comecei com um disco duplo ao vivo na Funarte, com Caymmi e seu violão. Brilhante! Um passeio completo pelo cancioneiro, passando pelas coisas mais intimistas até 365 igrejas.

Daí pra frente não parei mais. Tudo do Caymmi me interessava. Na volta hoje, vim lembrando dos song books do Almir Chediak e da reedição de suas obras completas pela Odeon. E das outras homenagens que recebeu, discos inteiros com sua obra gravados por Nana, Gal, Dori, Jussara Silveira e Nei Mesquita.
E Adeus, que até hoje não sei se gosto mais dessa canção com filha ou pai. Mas sempre retorno a ela. Como inevitavelmente, voltarei hoje.
Errei sim: Relendo esse texto, lembrei-me de que esqueci de citar o disco de Paulo Moura e Ociladocê interpretam Caymmi. É a melhor interpretação de Sargaço mar e eu nem sei o nome do cantor. Não há créditos. Corrigido!

Nenhum comentário:

Triste cuíca

Aceitar o castigo imerecido Não por faqueza, mas por altivez No tormento mais fundo, o teu gemido Trocar um grito de ódio a quem o fez As de...