sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lembranças do meu futuro


Meu amigo Cláudio, do sebo Escuta Som, adquiriu mais um acervo de cerca de 3.000 cds. Comprei algumas relíquias. Dessa vez o morto era mais chegado em música brasileira. Tinha muito disco no plástico ainda. Pensei na minha biblioteca e saí dali correndo.
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Meu avô morreu confinado na cama em 1970. Convivi muito com ele em seus últimos meses de vida. Eu tinha 9 anos. Era um leitor compulsivo, meu avô. Tinha uma pequena biblioteca nos fundos da casa. Depois que morreu, botaram fogo nela, com medo das baratas. Consegui salvar alguma coisa. Meus primeiros Maria Alice Barroso (Um nome para matar) e Gabriel Garcia Marques (Cem anos de solidão) vieram da biblioteca do meu avô.
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Do meu outro avô, herdei a folgazanice espiritual e o amor inquebrantável pelas mulheres. E o indefectível talento para tocar violão. Meu avô, como eu, tocava muito mal, mas mandava ver nos saraus miracemenses.
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Meu estômago parece ter voltado ao normal. Santa bromoprida!

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