terça-feira, 4 de novembro de 2008

Daquilo que me orgulha


Laura faz 16 amanhã.

Quando Laura nasceu, percebi que a vida estava me dando um outro sentido, uma nova oportunidade. Eu era um sujeito abençoado pela solitude e pela auto-suficiência, virtude defeituosa que Laura e Luisa herdaram agudamente.

Naquele dia, todas as minhas convicções se fragilizaram e senti que aparecera uma razão maior e diferente para dividir e somar.

Tudo que Laura me deu até hoje foi mais que o dobro do que eu esperava dela. Por menos que eu esperasse, ela sempre me surpreendeu com mais.

Mostrou o amadurecimento de chorar comigo quando eu estive absolutamente só no Mundo. Nu. Só Laura me via e chorava comigo. Laura acreditou comigo em todas as bobagens que eu acreditei. Por amor a mim.

Vi Laura crescer e tomar gosto pela vida. Dos primeiros passos acanhados até a dança que tomou conta de Laura, fui observador privilegiado, pai orgulhoso, amigo, cúmplice, entusiasta, apaixonado.

Todo dia quando acordo é de Laura (+ Luisa e Chicó) que busco luminosidade para sentir prazer em fazer o que faço, ter amigos, tomar banho. São eles que me carregam.

Amanhã eu vou estar em São Paulo, longe de Laura. Mas perto de Laura, aqui dentro, pois a carrego comigo em cada parte de mim.
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