sábado, 31 de janeiro de 2009

Laura e eu

















Ah, pai.. o que escrevo não é nada demais, nada tão interessante ou cheio de intelecto como uma 'desconversa' sua. Mas não encontro melhor maneira de me gratificar, se não em lavar a louça da cozinha do apartamento, e escrever aqui tudo o que você representa pra mim. Desde os nossos costumes mais distintos e mais inversos pontos de vista até as nossas manias em comum e tolas, você se supera a cada fim de semana ou feriado que passamos juntos. Não há coisa melhor do que compartilhar confortavelmente com vocês a minha (a nossa) auto-suficiência de último grau. Em um momento, somos 3 bobalhões olhando para o nada, em outro, 3 palhaços rindo de coisas tão insignificantes que ninguém mais conseguiria entender. E o que seria de mim se você não me levasse aos mais renomados (alguns deles nem tão renomados) artistas da música brasileira e internacional? Graças a você, eles se tornaram peça do meu Ipod e dos de alguns amigos meus, já são 'do gueto'. E por incrível que pareça agradeço pela
paciência que você tem em levar, e buscar e esperar, pra que a gente possa pegar alguma coisinha que faltou ou dar uma olhada na internet, aqui em casa. E pedir desculpas pelas saias justas das conversas constrangedoras, coisa de pai e filha.
Espero mesmo que a minha mudança para o Rio seja fácil, já começo a pensar em como será pegar a barca todos os dias (isso se eu passar pra M.O., vamos ver como vai ser), e acordar com uma música que você escolheu. E se você não quiser acordar antes, não faz mal, eu vou descer e comprar uma perna fina e uma grossa, já aprendi como você gosta.
Eu te amo, pai, incondicional e eternamente.

Sua Lalau. :)

O texto e a foto, eu tirei do fotolog da Lau. Guardei pra sempre aqui no desconversa.

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