terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vai ficar na saudade


O carnaval de Ajuda não chega nem perto de ser considerado um carnaval baiano. Não é muito diferente do que os janeiros que passamos aqui. Há um bloco aqui, um trio ali, mas nenhuma muvuca. E há, quem já passou conhece, um tal Sr Madruga (na foto com as meninas), que conduz um tantan pelas ruas com a maestria de um grande ritmista.
Ontem paramos para ouvir e sambar ao som do Madruga. Já faz parte do folclore de Ajuda. Lá pelas tantas, Alexandre pra lá de bêbado, pediu que ele executasse Vai ficar na saudade, clássico do samba joia de Benito di Paula. Seu Madruga nem pensou e arrematou: Você cortou o barato do nosso amoor...........!
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Das padecenças de ser pai:
1) Aguardar a escolha do brinco na feirinha- não é só um brinco, não é só uma barraca, não é só uma feirinha. E o problema não é nem comprar, é experimentar, avaliar, perguntar pras amigas.
2) Ir ao parque ecológico de Arraial da Ajuda, onde tudo é artificial, até as ondas. Alexandrino carrega essas meninas para as quedas mais abismais e enquanto uma não torcer um tornozelo, não se dará por satisfeito.
3) Ter compreensão com as perdas: perda da lente de contato, perda do colírio, perda disso e daquilo outro, tudo se perde.
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Das delícias de ser pai:
1) Ver que o amadurecimento das duas vem trazendo uma raiz forte de entendimento e cumplicidade, raro de se ver por aí.
2) Estarmos aqui comendo um crepe, tomando um sorvete e ligando o foda-se.
3) Saber que a rotina de cada um está amarrada pelos cuidados do outro, dar asas ao entendimento, discutir uma canção mais bem elaborada, ouvir a gargalhada ressonante de Luisa.

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