domingo, 15 de fevereiro de 2009

Vai um café?

Quando vim pra Niterói, morei um tempo com minhas tias. Uma delas ensinou-me a fazer café. A receita era infalível: uma garrafa térmica cheia d'água (era uma garrafa de meio litro, que conservei até bem pouco tempo), cinco colheres de açúcar e duas de pó. Depois que passamos a morar sozinhos (eu, meus irmãos e alguns colegas de faculdade que passaram por aqui), eu fiquei responsável por coar o café toda manhã. Acordava mais cedo mesmo, ia pra cozinha fazer café. Resisti a comprar uma cafeteira elétrica por muitos anos e não tenho uma até hoje.
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Hoje as coisas mudaram. Não tenho mais garrafa térmica de meio litro, de forma que o café quase sempre fica meio fraco ou muito forte. O açúcar ganhou uma química que o tornou mais melado, cinco colheres é muito. Já o pó de café parece ter minguado e tenho sempre que usar três colheres quando faço café. E eu virei um preguiçoso mor para afazeres culinários, de forma que estou surpreso por ontem e hoje ter levantado para fazer um cafezinho: o infalível café da Tia Cicida.
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Ontem, ao fuçar a grande rede, decobri que Mad Men foi criada pelo mesmo produtor e escritor que fez Família Soprano. E mais: foi escrita antes dos Sopranos, embora tenha ido ao ar tempos depois. Tudo isso faz sentido. Don Draper tem características muito parecidas com Antony Soprano. Os diálogos certeiros, algumas cenas antológicas, como a que Cooper vai justificar a Draper porque não pode demitir um de seus funcionários que já havia sido demitido por Draper, a fogueira de vaidades tinindo, em quase tudo uma remete a outra, embora sejam situações absolutamente diversas.
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Das revisões de filmes não vistos em 2008, ontem vi Mentiras Sinceras. Boa trama, desfecho entalado na alma de cada personagem.

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