sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lembranças dos velhos tempos em tempos de esquecimento

"Me defino como un hombre razonable
no como professor iluminado
ni como vate que lo sabe tudo."

Nicanor Parra

"Não sei muitas coisas.

Às perguntas que minhas filhas fazem,
Respondo com dificuldade."

Afonso Romano de Santana

Se lhe perguntarem o que sou, pode responder sem vacilar:"é um gestor em saúde. A única coisa que sabe fazer é gestão em saúde. E assim quer ser lembrado" Tenho passado pelo privilégio de poder trabalhar com pessoas estrategicamente escolhidas para que possamos estabelecer parcerias que favoreçam o bem estar do nosso cliente e otimizem o resultado da empresa. O envolvimento com a evidência científica, a opinião balizada, parceiros profissionais de alto gabarito, tudo isso me contamina. Faço com a grande sorte de ser pago por fazer o que gosto.
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Mas hoje um fato inusitado deixou-me fragilizado. Teve uma reunião para decidir o futuro político da empresa. Nada que diga respeito a mim, nem direta nem indiretamente. De fato, as coisas parecem ter transcorrido da forma mais traquila e amadurecida possível. Há alguns anos sou absolutamente apolítico. Fujo delicadamente de qualquer discussão que possua esse fim. Mas a reunião não sei porque cargas d'água, lembrou meus tempos de militância. Das costuras, dos arranjos políticos, do jogo de vaidades que circunda o poder. E sofri por ter passado tudo que passei. O que eu sou hoje, em nada remete àqueles tempos. Nada levei dali. Só a perda dos anos. Irrecuperáveis anos!
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Estou vendo a primeira temporada de Mad Men. É alguma coisa perto do sublime das séries de TV. O mesmo impacto que tive com Familia Soprano e Deadwood. Triplo A!
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Ao citar os aniversariantes de fevereiro, cometi pelo menos 3 imperdoáveis esquecimentos: Adriana, Emilsom e Ieda. São todos da familia de cá, parceiros queridos de trabalho.

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