terça-feira, 14 de abril de 2009

Macambúzio

Está virando um sintoma claro de hipomania, isso de ficar reorganizando computador o tempo todo. Desencantado com o VISTA, lento, pesado, parecendo eu mesmo, mandei instalar um XP na minha máquina. O resultado é que passei a noite instalando programas, ajeitando bibliotecas, mexendo aqui e acolá até ficar do jeito que eu gosto. Fiz isso tudo com um inenarrável prazer!
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Maneiras diversas de passar a solitude a limpo e recuperar o velho amor pelas coisas para se fazer sozinho. Eu já fui bom nisso. Teatro, cinema, showzinho de seis e meia eram minha rotina nos tempos de estudo. Já tinha namoradas, mas essas coisas gostava (também) de fazer sozinho.
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Foi aí que descobri meu cacoete pra música e comecei a comprar meus vinis. Por falta absoluta de talento, resolvi gostar de música apenas por diletantismo e talvez tenha sido a decisão mais acertada da minha vida. Nada mais interessante do que ouvir sem o compromisso de argumentar.
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Toda essa arrumação insone me deixou com cara de sono, longevo, taciturno. Renatinha diagnosticou: é vontade de estar em outro lugar. Não é verdade, Renatinha. Estar com vocês, atualmente, é meu melhor refúgio.
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Antônio Abujamra esclarece que, durante a exibição da peça Electra, na ditadura militar, os meganhas invadiram o teatro para prender Sófocles, o autor. Não encontrando, levaram Isolda Cresta, com certeza imaginando que fosse contra prima daquele.
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Essa onda nova do vinil não me convence. Eu gosto dos vinis tanto quanto sei que o tempo deles já foi.
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Renato Maurício Prado, cabelinho arrumado, imagino que flamenguista roxo, desceu o pau no Fluminense hoje no Globo. Como diz na minha terra, é hora de lavar a égua, Renato!

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