terça-feira, 21 de abril de 2009

Minha dor em silêncio

Há um pretenso equilíbrio, imaginário equilíbrio, conectado por um fino fio ao meu Mundo. Olho para ele com uma vontade grande de mantê-lo vivo. São minhas graças: estar com meus filhos, trabalhar onde gosto, ler bons livros, escutar boa música, ir e vir. Tudo isso faz parte de uma redoma que eu chamo equilíbrio.
De vez em quando, a linha se esgarça e posso perceber nitidamente que nada é tão sublime assim. Amei demais. Que me valeu?
Tenho procurado ser por demais correto com quem quer que seja. Quem se importa?
Quem pode medir o que é ou não importante, quem é que está preocupado em dar de volta aquilo que recebeu com tanto amor?

Gostaria de não estar escrevendo essas notas. Preferiria conservar minha dor em silêncio. Mas seria desonesto com meu escrever.

Então vamos lá. Um soco, um nocaute, um levantar de novo, outro soco. Outro nocaute. Estou me levantando devagar. Como esse chuvisqueiro que incomodou boa parte da viagem e agora goteja na minha alma besta.

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