sábado, 4 de julho de 2009

Dia de Maria Martha



Nesse momento pareço estar perdido aqui no meio da festa.
Sumiram todos e vim aqui pra casa Jornal do Brasil fazer um test drive no vivozap.
Antes fomos à Fazenda Murycana tomar café de rapadura e pinga com doce de abóbora.
Lembrei há pouco do demônio do meio dia.
Da hora em que a depressão parece escarnecer.
Mas é só um momento ruim em zilhões de outros bons.
Da Rua das Pedras, vem o burburinho alegre das pessoas.
Tenho que sair daqui.
Hoje é dia de Maria Martha.

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Tem duas coisas que eu assumo um compromisso íntimo antes de chegar em Paraty. Coisas que não podem deixar de ser feitas. A primeira é ir ao Restaurante Santa Rita e comer o Camarão Geraldo Lins, uma maravilha da culinária daqui, preparada pelo Seu Osvaldo. A cada ano, ele aumenta o preço, diminui a quantidade de camarões, mas o sabor continua divino. Fomos ontem. A outra é ver Maria Martha.
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Maria Martha reina no almoço do Margarida Café, no centro histórico de Paraty. Nasceu aqui, foi pra São Paulo fazer uma carreira brilhante, adoeceu e voltou. Está muito bem hoje aqui. Pérolas como Lola (Chico Buarque), Quando eu for, eu vou sem pena (Paulo Vanzolini) e Águas Passadas (Eduardo Gudin e Roberto Riberti) ganham seu brilho definitivo na voz doce de Maria. Entre o cintilar dos talheres e a conversa das pessoas que pouco respeitam o acontecimento, Maria canta e joga beijos para os que reconhecem seu valor. Entre todos, fiquei ali sentado no bar, extasiado como sempre.
"Quando eu for, eu vou sem pena
Pena vai ter quem ficar....."

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