domingo, 16 de agosto de 2009

Misturei carimbó e siriá



"Se um homem se determinar a odiar todas as criaturas miseráveis que encontrar, não lhe sobrará muita energia para outras coisas, mas, ao contrário, se resolver apenas desprezá-las. uma ou todas, terá a maior facilidade.'
Schopenhauer, Estudos sobre o pessimismo.
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É um domingo desses domingos niteroienses solitários. Resolvi finalmente instalar a impressora que havia comprado em abril, comi empada da dona que vende perto da Igreja de Nossa Senhora das Dores, comprei guaraná na Sendas, li O Globo. Ubaldo pouco inspirado escrevendo sobre o excesso de anti-tabagismo, Veríssimo igualmente sobre telefones grampeados, coube a Arthur Xexéo salvar o jornal: fez uma bela crônica sobre woodstok, com a qual concordo plenamente: o Brasil pouco se lixou para o evento! Um domingo como outro qualquer.
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Ontem terminei a noite vendo o dvd Luz Negra de Fernanda Takai. Também funciona muito bem como DVD. Um esmero a gravação em preto e branco alternado, as músicas escolhidas e a baterista Mariá Portugal parece ser um triplo A. Com esse nome bonito e essa belezura toda, eu nem me incomodaria se Mariá viesse tocar aqui no quarto ao lado. Fernanda transformou Odeon em fox, Insensatez em balada, Com açúcar, com afeto em rock e não comprometeu nada. Até o Barquinho japonês fica bem. Só o carimbó que termina o disco ficou carimbó mesmo.
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Como Paulo Vanzolini, "então me curvei ante a força dos fatos": cansei de passar vergonha com o Fluminense. Que vá pro inferno! Aos 47, não dá mais para virar a casaca, mas acompanhar essa mediocridade é uma lástima!

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