domingo, 4 de outubro de 2009

Como la cigarra

"Tantas veces me mataron, tantas veces me morí,
sin embargo estoy aquí resucitando
Gracias doy a la desgracia y a la mano con puñal
porque me mató tan mal y seguí cantando

Cantando al sol como la cigarra
después de un año bajo la tierra
igual que sobreviviente
que vuelve de la guerra

Tantas veces me borraron, tantas desaparecí
a mi propio entierro fui solo y llorando
Hice un nudo en el pañuelo pero me olvidé después
que no era la única vez y seguí cantando

Tantas veces te mataron, tantas resucitarás
cuántas noches pasarás desesperando
Y a la hora del naufragio y la de la oscuridad
alguien te rescatará para ir cantando"

Pedro Aznar

Adeus Mercedes Sosa.
Ainda ontem, quando nem sabia que estava para morrer, sonhei mostrar à Laura seu Volver a los 17, mais seu do que de Violeta, mais meu do que de Laura, que ainda vai fazer 17. Foi naquela gravação do Geraes que aprendi a gostar de você e daí pra frente nunca mais deixei de ouvir. Fui a Buenos Aires e Santiago e não voltei sem seus discos. Através deles, pude chegar a Victor, Violeta, Athaualpa, Silvio, Pablo, Charly Garcia, Leon Gieco, Pedro Aznar e tantos que você, com sua voz limpa e seu canto forte, deu a honra de cantar.
Uma vez, o falecido Chico da Moto Discos da Rua Sete (hoje uma loja de 1,99), arranjou-me um álbum duplo seu de um show gravado ao vivo na Argentina comemorando sua volta do exílio. Quase furou no "três em um" National Panasonic, aqui nesse mesmo lugar. Adorava especialmente El Cosechero, um chamamé em que você duelava com o acordeon de Antonio Tarrago Rós, depois inexplicavelmente ceifado da edição em cd.
Os discos dedicados a Violeta e Athaualpa são referências básicas para quem deseja conhecer a obra desses compositores. Esse ano presenteou-me a mim e a seu público com dois ótimos discos de duetos, procurando novas nuances para suas próprias canções, fugindo da operação caça-níqueis das coletâneas.
Enquanto gira o mundo bizarro, vão se adiantando os meus heróis, de over dose ou cansaço Mande notícias do mundo de lá.

Nenhum comentário:

Triste cuíca

Aceitar o castigo imerecido Não por faqueza, mas por altivez No tormento mais fundo, o teu gemido Trocar um grito de ódio a quem o fez As de...