quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Amanhã

Desonra, o filme, é bem provocante, por mais que você não entenda por que tanta provocação. O que quer o autor com a exposição nevrálgica de tanto preconceito? Tive preguiça de ler o livro do Coetzee lá pela metade. Pensando bem, na verdade foi Vida e época de Michael K que não li todo. O filme, vi todo. Malkovitch como sempre, brilhante. Coetzee parece querer falar de preconceito racial, de resignação, de homens e mulheres feridos, e o faz com grande aspereza.
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Fernanda Young nua na Playboy é, no mínimo, esquisito. É como se a Bárbara Borges escrevesse um episódio de Os Normais.
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Resolvi voltar a escrever depois que concluí que não adianta brigar com a tela. A tela, quando muito, não atrapalha. É que eu só conseguia escrever de mim e acabava achando tudo muito exposto. Também tenho tido aulas de resignação. Dor e amor nunca duraram tanto tempo juntos. E a propósito de dor e amor, não me canso de ouvir meus fados. Os novos discos de Ana Moura e Jorge Fernando já furaram a agulha do meu shuffle. Há também os frevos arretados do Siba, o novo de Joaquin Sabina e a ótima trilha de Life on mars. E esse calor de inferno de repente enquanto ouço e atravesso a baía.
E há amanhã. Amanhã ninguém sabe.

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