"Estou a espera que seja a vez do meu caso
e estou à espera
e estou à espera
de um renascimento do maravilhoso
e estou à espera de alguém
que descubra realmente a América
e se lamente
e estou à espera
da descoberta
de uma nova fronteira simbólica no Oeste
e estou à espera
que a Águia Americana
estenda realmente suas asas
e se erga e voe pelo bom caminho
e estou à espera
que a Era da Ansiedade
caia morta
e estou à espera
duma guerra que virá
preparando o mundo
para a anarquia
e estou à espera
da decadência definitiva
de todos os governos
e estou perpetuamente à espera
de um renascimento do maravilhoso"
Lawrence Ferlinghetti
Comecei o ano ouvindo velhos boleros. Mário Gennari Filho compôs o bolerão Velho Romance, Nelson Ayres transformou-o em clássico. Está na trilha do filme Dois Córregos, que nunca vi, mas conheço bem as canções. Tudo que Nelson toca, vira clássico. Perto do coração.
Foi assim que comecei o ano. Perto do coração. Mais que nunca, é preciso amar.
Depois veio o La Comparsa, Lecuona, para 4 mãos, com Chucho e Bebo arrebentando. Também não vi Cale 54, mas também conheço bem a trilha.
E aí, misturei Chavela, Ney, Buika, Anísio Silva e um bom prosecco e continuei ouvindo. Estou ouvindo até agora.
Omara canta La sitiera e Veinte años pra mim e eu saio rindo comovido. Começar o ano assim é certeza de que velhas chamas podem reacender e surpreender corações cansados.
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