domingo, 2 de maio de 2010

Sinal de paz

Não vou falar do meu humor nesse fim de semana. Em geral ele oscilou entre o inexpressivo e o depressivo. Para aliviar, trabalhei ontem, hoje vi muito House e Lie to me. Procurei passar o tempo sem deixar que ele me machucasse. Meus finais de semana em Niterói costumam ser assim. Lógico, depois que Laura veio pra cá, melhorou muito. Há mais um ser vivo na casa, sempre alguém para que se possa pensar em levantar e comprar o pão, e em dias especiais, até mais do que isso.
Pois bem, no final do segundo tempo desse domingo sem futebol, arrisquei e chamei Laura pruma sessão de cinema em casa.
Sempre procuramos respeitar o silêncio um do outro, cada um no seu quarto cuidando do seu ócio, geralmente fico com medo de atrapalhar. Arrisquei.
E veio esse Julie e Julia, delicado, cheio de referências afetuosas e de enternecer qualquer domingo frio. O filme conta a história de duas mulheres apaixonadas pela cozinha, Meryl Streep sublime como sempre e um pitéuzinho chamado Amy Adams.
Ao final da sessão, já não éramos mais os solitários da Nilo Peçanha. Éramos pai e filha e o resto do Mundo. O que mais importa nesse final de domingo?
Estar aqui com minha filha e poder dividir um filme no domingo com ela é uma dádiva, uma graça, um maravilhoso sinal de paz interior.
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Uma das poucas e boas lembranças que tenho do menino que fui foram as sessões de cinema do Cine XV com meu pai. De vez em quando, isso volta. Como hoje.

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