sexta-feira, 9 de julho de 2010

Apaga o fogo, Mané


Há cem anos, nascia João Rubinato, o Adoniran Barbosa. Há trinta anos que, toda vez que sou instado a pegar do violão, o único repertório que me garante são as canções de Adoniran e as três posições mágicas de Carlinhos Bessa. Cresci ouvindo Guenta a mão, João, Acende o candieiro, Bom dia, tristeza, Apaga o fogo, Mané, Abrigo de vagabundos, são tantas!

Comecei a gostar do Adoniran no Transversal do Tempo, o disco semi-ao vivo de Elis, que terminava o lado A com uma versão triste da Saudosa maloca. Depois teve um disco comemorativo na EMI com participação de Gonzaguinha, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Elis, todos já mortos, que fritou na agulha de tão ouvido. E daí nunca mais deixei de gostar. Consegui os discos antigos, era fácil decorar e montei meu repertório.
Sábado em Palma repassei ele todo com a turma. Ninguém aguenta mais ouvir, eu canto assim mesmo!

Suas letras simples, seus sambas fáceis, são na verdade, uma profunda reflexão do prazer de viver, da dor de amar e da tristeza de partir.

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