terça-feira, 26 de outubro de 2010

Luisa

Numa noite mágica de 2007 em Ouro Preto, vi o pianista Aaron Goldberg tocar a versão mais bonita de Luisa que já ouvi. Dava pra ficar embriagado sem vinho, viajar sem sair do lugar, dava pra morrer feliz ali. Corri atrás do disco, mas ele ainda não tinha gravado a canção. Esperei até hoje pra ouvir de novo. O que Aaron faz com Jobim é de ressuscitar Jobim, de ver Jobim renascido dançando aquela valsa que deu nome à minha Luisa, que já me fez chorar com Edu, com Tom, e de ficar absolutamente perplexo de como alguém pode tornar ainda mais bonito algo que já é tão sublime.
Home já desponta entre os grandes discos e acontecimentos de 2010. Já voltei 300 vezes o Itunes.
E olha que estou em São Paulo. Ultimamente, todos os meus vazios e tristezas acabam se realçando em São Paulo. Mas Luisa se encarregou de levar a tristeza pro balaio hoje.

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