domingo, 30 de janeiro de 2011

Discos de janeiro

DISCO DO MÊS: Georgette Fadel, Um grito solto no ar - um belo disco garimpado acidentalmente na Livraria Cultura numa ida a São Paulo no final de dezembro. Lamento que tenha sido assim, esse disco deveria estar tocando nas rádios, sendo alardeado nos jornais e nos meios de comunicação, pois se trata de uma obra de rara importância e delicadeza. Já conhecia a cantora quando ela encarou Stela do Patrocínio com Lincoln Antônio em outro extraordinário momento. Nesse, Georgette está bem a vontade repassando a obra de Gianfrancesco Guarnieri. Quanto mais se ouve, mais se dá conta da importância. É daqueles que a gente chama de obrigatório.

Mariza, Fado Tradicional - lançado ano passado em Portugal, Mariza acerta ao se aproximar de suas raízes. É possível se sentir dentro de uma Tasca em Lisboa tomando um vinho ordinário quando ela canta Boa noite, solidão.
Dirceu Leite, Cacique instrumental - fico me perguntando como que um discaço desse, gravado em 2006 e lançado (possivelmente) em 2010, só agora chega aos meus ouvidos. Com Luiz Carlos da Vila e Ovídio Brito já mortos, a participação deles só faz realçar a importância do disco em que o exímio clarinetista repassa a obra dos pagodeiros do Cacique. Categoria Brasil na veia.
Paulo César Pinheiro, Capoeira de Besouro - finalmente chegam ao disco, as canções do musical Besouro Cordão de Ouro, que vi no CCBB há dois anos ou mais. Um registro merecido de um espetáculo memorável.
The National, High Violet - cultuado por várias listas no ano passado, a voz melancólica de Matt Berninger ainda não conseguiu me emocionar. Mas, prometo, continuarei tentando.
Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti - não é um disco de fado e a voz de Carlos soa bonita quando entoa Jacques Brel ou Violeta Parra.
Bárbara Eugênia, Journal de Bad - mais uma boa voz a se juntar a esse grupo que mistura São Paulo com Pernambuco, Karina Buhr com Pepita Ruiz, Rodrigo Campos com Rômulo Fróes, música fressca para cabeça idem. Gostei muito do frevinho que encerra o cd.
Dominguinhos, Iluminado Dominguinhos - gravado ao vivo no Rio, mostra Dominguinhos muito à vontade com convidados especialíssimos, como Gilson Peranzetta, Wagner Tiso e Yamandu Costa. Imperdível!
Ben Folds and Nick Hornby, Lonely Avenue - Nick finalmente se aventura a compor, e é muito bem vindo. Quem viu ou leu Alta fidelidade, sabe que o cara tem bom gosto. Destaque para a balada Melinda. Foi o disco de rock que mais me agradou esse mês.
Wampire Wekend, Contra - indicado por Tárik de Souza no obscuro JB online e insensado por Arthur Dapieve como o disco de rock de 2010, botei na vitrola pra tocar e estou aprendendo a gostar ads canções.
Till Broner, At the end off the day - o trompetista alemão tem um estilo que lembra Stan Getz , já tendo inclusive gravado um disco de canções brasileiras. Gostei desse novo, cheio de standarts romantiquinhos e bem tocados.

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