domingo, 31 de julho de 2011

Péssimo dia para ver Betty Blue

Hibernei o quanto pude nesses 4 dias. Ontem ainda tentei ensaiar um samba, mas os amigos pareciam ainda mais ursos do que eu (só Marila animou). Fez um frio extenuante em Miracema. Meu quarto parecia uma geladeira e não consegui atravessar a noite de sexta sem uma dolorida hipotermia.
O ruim de se hibernar sozinho no frio é que nem sempre a televisão, o computador e a cama apresentam soluções aconchegantes. No final do sábado já estava tonto assistindo Flamengo e Grêmio para ver se conseguia ver um pedaço do tal jogo da década. Nada de jogo da década. Os volantes de contenção ainda mandam no futebol moderno.
Igual hoje. O Fluminense só conseguiu jogar depois de fazer um gol e o zagueiro do Ceará ser expulso. Antes, só se via contenção, nada de futebol.
Pois bem, no meio da hibernagem, resolvi assistir a versão do diretor do filme Betty Blue. É um filme muito denso, e o diretor bem que poderia ter nos poupado das três horas de sua versão. Nem a fartura de cenas picantes (e bem filmadas) valem o longa. É pra deixar o homem, principalmente num periodo de urso, deprimido. Histórias de amores visceralistas num sábado frio em Miracema costumam produzir danos irreverssíveis, ainda que sejam apenas a tela da TV.
A serbian film é um horror. Só está causando essa repercussão toda porque foi censurado. É um filme grotesco, de fazer concorrência aos piores momentos de Lars Von Trier. Com a diferença de que Lars Von Trier é um ótimo diretor.
Misturando tudo, esses quatro dias acabaram sendo de hibernagem, frio e más escolhas. As exceções foram a primeira temporada de The Good Wife, que está caindo razoavelmente bem e os belos gols do tricolor hoje.

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