terça-feira, 9 de agosto de 2011

Perto do coração


Obras na Praça XV, a Cantareira veio abaixo hoje. Dava pra ver a hora que a multidão ia ser expremida. Meu Riocard vacilou duas vezes antes de liberar a passagem. A multidão alvoroçada mandava seguir e a catraca se recusava a atender meus apelos. Quase voltei.
Mas depois descobri que não há volta. Foi quando a catraca resolveu me liberar. Entrei na fila 17:30, peguei a barca de 18:10. Vim sentado.
Logo que entrei, botei pra tocar a valsa Perto do coração de Nelson Ayres. É a valsa mais bonita da primeira década desse século.
Sublimei o aperto, a dor muscular, a perspectiva de um ônibus cheio, a miséria cotidiana geral, a queda vertiginosa da bovespa e botei Nelson Ayres pra descer a Baía. Anoitecia leve em Niterói.

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