domingo, 7 de agosto de 2011

O que há de novo no A


Como torcedor, acho esse episódio entre a torcida do Fluminense e Fred, uma grande palhaçada. O comportamento da primeira e a falta de profissionalismo do segundo são execráveis. Quem ganha 700 milhas e deixa de jogar dois jogos importantes por falta de condições psicológicas? Se dependesse de mim, mandava o Fred passar a régua. Não é desse tipo de jogador que o Fluminense precisa.
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Tirei o domingo para ajeitar a letra A da minha discoteca. Vai ter que ser assim, uma letra por semana.
Há muitas considerações acerca dessa letra. Jobim (Antônio Carlos) e Piazzola (Astor) estão no meio dela. Só eles ocupam duas fileiras inteiras na gaveta. Quase tudo que fizeram já foi bem remasterizado e pode ser bem ouvido. De Jobim, o que gosto mais de ouvir é Terra Brasilis.De Piazzolla, o Inverno Porteño em qualquer lugar.
Já os discos de Amália Rodrigues ainda carecem de trato melhor. O único que salva no meu acervo é - pasmem - um disco que comprei na Argentina chamado 40 fados imprecindibles. Mesmo assim, adoro o disco que ela gravou no Canecão. Foi minha primeira grande lição de fado. Ainda cai uma lágrima no Fado do ciúme e naquele das cinco pedras.
Outra fadista que fez parte das comemorações do domingo foi Ana Moura. Seus discos finalmente se encontraram. Gosto de tudo que Ana Moura já gravou, mas Leva-me aos fados ainda é o maior dos seus clássicos. Por um dia é tão úmido quanto os fados citados de Amália.
Ataulfo, Ari e Adoniran estão de mãos dadas na gaveta. Dois mineiros e um paulista a serviço de ótimos sambas. De Adoniran, sua obra é muito bem representada pelos três discos que ele gravou na Odeon, principalmente o último, de duetos. Mas há ainda as coletâneas, os discos póstumos e uma gravação de Filosofia, do Noel, onde Adoniran faz uma modificação sutil no verso e em vez de cantar Se eu vou morrer de sede, canta Se de sede eu vou morrer e a música fica mais limpa e bonita. Essa é a típica informação desnecessária que esse blog se presta a fazer com um prazer de missão cumprida. Vou morrer cantando Filosofia do modo Adoniran.
Alceu Valença e Ângela RoRo, embora a criatividade pareça tê-los deixado estacionados nos anos 80, também têm lugar garantido.
Entre os chorôes, destacam-se os discos de Altamiro Carrilho e Água de Moringa. As gravadoras precisavam de um cuidado melhor com os discos de Altamiro. Há clássicos, como Altamiro interpreta Patápio, da Marcus Pereira, que soa abafado, ruim de ouvir. O mais estranho é que sua obra fundamental Clássicos em choro volume 1, nunca saiu em cd.
Antônio Nóbrega abre a última fileira, que também conta com duas Aracys e uma Áurea. No final, tive que expremer Aretha Franklin com os Aarons Goldberg e Neville.
Dá pra passar uma vida ouvindo a letra A, um domingo é muito pouco pra ela.
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Domingo que terminou com a bizonha derrota do Fluminense para o fraquíssimo América Mineiro. De dar raiva de ter resevado tempo pra ver essa pândega. Devia ter ficado arrumando melhor a letra A.
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Parada do shuffle da última semana:
Primeiro lugar - Indivisível, com Wisnik, com 7 audições
Segundo lugar, empatados, Tipo um baião, com Chico e Seu mané é um homem, com Geraldo Maia, com 6 audições
Terceiro lugar - Canção Necessária, com Wisnik e Sorriso de Cristina, com Água de Moringa, com 5 audições
Quarto lugar - Nuestro juramento, com Javier Solis, com 4 audições, maior tempo do ano no shuffle, já mandou 23 vezes na barca.
Quinto lugar - Coming home, com K D Lang, com 3 audições.

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