quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Onde o arvoredo inventa um ballet


Gosto de Zélia Duncan. Gosto mais da Zélia exploradora de repertórios alheiros. Suas melhores interpretações são, na minha opinião e pela ordem, as canções de Itamar Assumpção e as do disco Eu me transformo em outras, em que Zélia repassa com um time de virtuoses, sambas, choros e outros clássicos dos nossos melhores compositores. E há o disco de 1994, do qual tenho as melhores lembranças.
A verdade é que só de trazer luz à obra de Itamar, já vale uma ouvida no repertório de Zélia. Ela sabe pescar uma pérola.
Zélia está lançando Pelo sabor do gesto em cena. Faz parte da rotina que tem sido adotada pelas gravadoras de lançar o disco do disco: um ao vivo que apresenta o repertório do original. Confesso que acho meio chato. Roberta Sá, por exemplo, lançou uma xerox exata de seu disco de estúdio ao vivo.
Ouvi pouco o Pelo sabor do gesto original, ficou nem meia semana rodando no shuffle. De forma que quando saiu o Em cena, achei justo ouvir com mais cuidado.
E aí no meio da Baía, disperso lendo qualquer coisa inútil, me vem essa regravação de Telhados de Paris, bela canção de Nei Lisboa. Um belo presente de Zélia para chamar a atenção de um dos nossos compositores mais profícuos e esquecidos da mídia. Vale o disco.
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Zezé Moreira, na foto passeando por Miracema com meu avô, foi técnico do Fluminense quando o time foi campeão mundial em 2 de agosto de 1952, há exatos 59 anos. O time contava com Castilho, Píndaro, Pinheiro, Telê Santana e Didi. A FIFA, injustamente, nunca reconheceu o título.

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