domingo, 27 de novembro de 2011

A velha história de amor que sempre acaba bem


"Foi o destino quem quis
Dar-te ares de duquesa
Dois olhinhos de turquesa
E nome de imperatriz.

Olhar que voa cantando
Um coração quando passa
Dentro das veias vibrando
Com sangue da velha raça

Pra explicar-te, a frase
cai
Sem que a razão acompanhe
Se o fino encanto da mãe
Se o claro espírito do pai

Mas pensando em tua graça

Que o alto céu aprontou
Eu sei que nela perpassa
A velha verve do avô

Talvez o tempo decida

Num belo dia que verei
Tu ires fazer a vida
Com quem tem nome de rei"

Câmara Cascudo, Maria Luiza

Desde que eu sonhava que Maria ia acontecer um dia na minha vida, Luisa já estava escrita. Assim se passaram muitos anos, além dos 16 que ela completa hoje. Existe desde sempre. Na minha mais remota lembrança boa, no meu projeto de vida mais valioso.
Não digo que seja fácil, porque Luisa não é fácil. Mas de uns tempos pra cá, instaurou-se uma cumplicidade de olhos entre pai e filha, uma profusão de gestos, uma delicadeza de ninguém perceber, só nós, que seria até deselegante dizer que é difícil.
Sei como é dura a vida e como são ralos os momentos felizes, mas Luisa parece querer desmitificar meus abismos o tempo todo. Com ela, não há contra tempo.
Quando vejo um filme ou ouço uma canção que me toca, penso logo em como seria interessante ouvi-la ou vê-la pelos olhos de Luisa.
Houve um tempo em que acordar era um pesadelo, e pensar que Luisa existia, tornava o dia mais leve. Estar aqui por ela, já é um grande acontecimento.
Entre um poema do Bandeira, um texto do Braga ou uma canção da Rita Lee, Luisa brinca de me encantar a vida toda com seu jeito leve de viver.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns para Luisa e o pai que tem a sorte de tê-la como filha!
Bjs da Renata

Anônimo disse...

Adorei ver a Maria no blog,rs parabéns mais uma vez. bjus

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