sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tempo tempo tempo tempo

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Caetano Veloso, Oração ao Tempo


A Oração ao Tempo ganhou mais uma versão boa no final do ano passado: a de Maria Gadu, que lançou um bom disco, fugindo das obviedades que se esperava de alguém que fez muito sucesso no primeiro cd. Conheço muitas versões da canção, Bethânia inclusive fez um show baseado nela, mas nenhuma se compara à duas outras em especial: a primeira original do Caetano, do emblemático Cinema Transcedental, de 1979, um dos dez discos que mais tocaram na vitrolinha Philips e outra gravada pelo MPB 4 no disco Tempo tempo. Nessa versão, o tempo parece passar em câmara lenta para nós.

Remexo nas minhas memórias e deixo que ele passe. Por fim, concluo que não há tempo melhor do que esse. Como na canção do Gil, o melhor lugar do Mundo é aqui e agora. Assim, os dias vão passando e o amor cresce a cada minuto. Ainda semana passada, o amor, que resistiu muito a ir a Miracema, acabou por se tornar um pouco miracemense, depois que a cidade se iluminou pra nós e vieram filhos, amigos, canções e afeto. O tempo do amor devia ser todo o tempo, já que o amor preenche tanto, que não cabe mais tempo algum sem que o amor fique por perto.

Eduardo Gudin também está revendo seu tempo: acaba de lançar o obrigatório DVD do show 3 tempos, em que repassa as três formações do seu grupo vocal Notícias dum Brasil. É muito bonito rever Mônica, Maria, Renato, Luciane (que cantora maravilhosa é Luciane Alves), Fabiana, enfim, todas as pérolas que Eduardo Gudin juntou e gravou nos últimos anos.

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