domingo, 21 de julho de 2013

O portão

Retornei à Niterói no sábado pelos caminhos de muitos anos. Desde 1980, frequento a Cantareira. Primeiro a escola médica, depois o trabalho, sinto que há um pedaço de mim esquecido na Baía. Um pedaço que descobriu o velho centro do Rio e nunca mais deixou de ser parte de suas vielas e becos. Mas que começou em Niterói.
Desgraçadamente, esqueci de levar o fone de ouvido. O resto deu tudo certo. Fui na Barca Neves e voltei na Vital Brasil (ou terá sido o contrário?). Certo é que fui numa nova (12 minutos) e voltei numa velha (22 minutos).Tenho ouvido rumores de que a barca não é mais a mesma, mas no sábado não teve atraso.
Fui ver, ouvir e tentar reorganizar meu acervo. Parte do coração foi se embora de Niterói, mas ficaram Laura e o acervo. Ficou muito.
Foi bom ter voltado ali e passado parte da manhã e um pouco da tarde mexendo em filmes e discos empoeirados. Almoçar com Laura, conversar um pouco, remexer gavetas e estantes.
Na ida, passei no Mercado da Praça XV. Impossível não ficar pelo menos meia hora revirando velharias. Na volta, ainda deu tempo de ver o bandoneonista argentino Walther Castro passar o som no Arlequim.
Foi muito bom saber que Niterói continua ali.E parte de mim também.
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Está na hora de Abel Braga pedir pinico. Chega de perder!

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